Cinco dos seis portugueses que jogam no Stumbras, do campeonato lituano de futebol, desmentiram hoje o teor do comunicado do Sindicato dos Jogadores a denunciar pressões sobre eles e salários em atraso por parte do clube.
“Em defesa da nossa honra e do bom nome do clube desmentimos totalmente o teor desse comunicado, lamentando que ninguém do Sindicato dos Jogadores ou da FIFpro (Federação Internacional das Associações de Futebolistas Profissionais) nos tenha contactado” pode ler-se na missiva enviada à agência Lusa e subscrita pelos futebolistas André Almeida, Miguel Pires, Renato Gomes, António Belo e Tiago Luís.
Em comunicado hoje divulgado, o sindicato revelou que o organismo internacional dos futebolistas profissionais, a FIFPro, aconselhou os jogadores a não assinar pelo Stumbras, ao mesmo tempo que apelou para a Federação Lituana de Futebol e para a UEFA para que "tomem medidas mais severas para evitar o tratamento inaceitável dos jogadores que participam nas suas competições".
Na mesma nota, o Sindicato dos Jogadores referiu que muitos futebolistas recebem o salário mínimo da Lituânia - cerca de 350 euros por mês – e que foram pagos com atraso pelo terceiro mês consecutivo, além de terem contratos em que são vinculados a uma compensação de três milhões de euros para rescindir unilateralmente o seu contrato, enquanto o clube pode terminar com um período de aviso de 24 horas sem pagar qualquer indemnização.
Por outro lado, ainda segundo o Sindicato, a direção do Stumbras - que disputou a fase qualificação para a Liga Europa - terá ameaçado com sanções disciplinares os jogadores que falaram ao New York Times sobre a sua situação.
Os seis futebolistas lusos que integram o plantel do Stumbras são André Almeida, Miguel Pires, Renato Gomes, António Belo, Tiago Luís e Jardel Nazaré, o único que não assinou o comunicado.
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