Os clubes pagaram este ano a maior verba de sempre em serviços de intermediação em transferências de futebolistas, num total de 807 milhões de euros (ME), com os ingleses como os mais gastadores, informou hoje a FIFA.

Comparativamente ao ano anterior, existiu um acréscimo substancial no valor das intermediações pagas, na ordem dos 42,5%, tendo em conta os 570 ME apresentados no último relatório divulgado pela FIFA.

A verba total entregue aos agentes corresponde a cerca de 10% do total gasto pelos clubes em transferências.

Inglaterra é o país mais gastador, com a intermediação este ano na ordem dos 256,5 ME, num contexto em que são os clubes europeus que têm a maior fatia na folha de pagamentos a agentes, de 86,6%.

Atrás dos ingleses, surge o novo ‘mercado’, o da Arábia Saudita, que embora sem vínculo a agentes na saída de jogadores, passou a ter nas contratações, sendo este ano o segundo país mais gastador em intermediações, com pagamentos cifrados em 78,7 ME.

O Transfer Matching System (TMS), divulgado todos os anos pela FIFA, em nome da transparência, apenas contabiliza a intermediação paga a agentes de clubes em transferências internacionais, não incluindo as transferências no mesmo país ou outros serviços pagos a empresários de jogadores.

No relatório, hoje divulgado, é indicado ainda que 15,1% das contratações efetuadas por clubes portugueses tiveram intermediação e que 22,3% das vendas também, com 27,6 ME em comissões nas entradas e 28,1 ME nas saídas de jogadores.

O futebol praticado por mulheres entra pela primeira vez no sistema TMS, num ano em que foi gasto mais de um milhão de dólares em intermediação em contratações de jogadoras, num valor que se situou perto dos 1,2 ME.

Os agentes de clubes estiveram em 125 das transferências realizadas, o que representa um aumento de 20% comparativamente aos números do ano anterior no que concerne aos ‘negócios’ de intermediação nas entradas e saídas de jogadoras.