A equipa de futebol do Anderlecht regressou segunda-feira aos treinos em ‘segredo’, mas com o “controlo estrito dos regulamentos de saúde” imposto pelo governo belga, devido à pandemia de Covid-19, revelou hoje a agência de notícias France-Presse (AFP).
Apesar de a liga belga estar parada, com a possibilidade de poder mesmo ser dada como finalizada, por causa do novo coronavírus, o Anderlecht optou por retomar as sessões de treino, embora sem anunciar publicamente essa decisão.
Questionado pela AFP, o atual sétimo classificado da prova confirmou que, desde segunda-feira, abriu o centro de treinos para os “jogadores que apresentaram o desejo de voltar a trabalhar” e explicou que tudo está a ser feito com o “controlo estrito dos regulamentos de saúde”, impostos por causa da Covid-19.
“O campo está dividido em vários compartimentos e cada jogador tem a sua zona e a sua própria bola. É proibido sair dessa área e cruzar com outros jogadores”, explicou o Anderlecht, acrescentado que “todos os dias a polícia está no terreno a certificar que regras de distanciamento estão a ser cumpridas”.
Contudo, o clube de Bruxelas rejeitou divulgar o número de jogadores que têm marcado diariamente presença nos treinos.
Em 25 de março, a Pro League (liga belga) recomendou o fim dos campeonatos profissionais, mas essa decisão acabou por ser adiada, após intervenção da UEFA, que ameaçou privar os clubes da participação nas provas europeias da próxima temporada.
De acordo com os últimos dados, a Bélgica registou 33.573 pessoas infetadas com o novo coronavírus e um total de 4.440 mortes.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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