Os futebolistas do Elche recusaram hoje treinar no estádio do clube da segunda divisão espanhola, como forma de protesto pela redução de salários, em consequência da crise económica motivada pela pandemia de COVID-19.
Os atletas, que na terça-feira terão trabalhado normalmente, deveriam ter-se apresentado hoje no recinto do clube, mas decidiram treinar em casa, para mostrar descontentamento pela redução dos rendimentos em 70%.
Os jogadores querem voltar a ganhar os salários completos, agora que estão de volta aos treinos e a liga deve reiniciar-se, em 12 de junho.
A diretora-geral do clube, Patrícia Rodriguez, manifestou-se “surpresa” com a decisão e revelou que quando os futebolistas começarem a trabalhar por períodos mais longos, na fase de treinos de conjunto e não como agora, individualmente, os termos financeiros serão ajustados.
O Elche é sexto na classificação entre 22 equipes na segunda divisão, quando a competição foi suspensa, após 31 jornadas devido à pandemia.
Espanha é o quarto país do mundo com maior número de mortos devido à COVID-19, com um total de 27.104, e mais de 228 mil casos de infeção confirmados.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
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