O histórico Deportivo da Corunha, despromovido na segunda-feira ao terceiro escalão do futebol espanhol, vai pedir a repetição de 42.ª e última jornada da II Liga, por “violação dos princípios da competitividade, igualdade e do fair-play”.
O antigo campeão espanhol (1999/2000) chegou à última ronda da prova ainda com a possibilidade de garantir a manutenção, mas acabou por não disputar o jogo com o Fuenlabrada, outro dos ‘aflitos’, após terem sido detetados vários casos de covid-19 na comitiva da formação de Madrid.
Os restantes encontros acabaram por decorrer, com Deportivo, mesmo sem jogar, e Numancia a serem relegados ao terceiro escalão.
“O Deportivo vai pedir a repetição da última jornada por violação dos princípios da competitividade, igualdade e do fair-play. O que foi feito foi errado. As últimas duas jornadas são disputadas sempre à mesma hora e isso acontece por alguma razão”, disse hoje o diretor desportivo do clube, Richard Barral, em conferência de imprensa.
Já na segunda-feira, o Rayo Vallecano, que conta com o português Bebé nas suas fileiras, emitiu um comunicado a dar conta da "mais profunda indignação com a adulteração da competição que está a ser tentada", pedindo o adiamento de todos os jogos da última ronda.
A comitiva do Fuenlabrada, composta por 24 pessoas, permanece confinada em um hotel na Corunha, à espera de uma decisão, sendo que as medidas estabelecidas pelo protocolo de saúde foram tomadas e os elementos que testaram positivo não apresentaram sintomas.
O desafio era determinante para as duas equipas, uma vez que, antes da última jornada, o Fuenlabrada somava 60 pontos na sexta posição, a última que dá acesso a um ‘play-off’ de acesso ao principal escalão. O Corunha lutava para fugir à despromoção, ocupando o 19.º posto, com 48 pontos, a um do Albacete e do Lugo, as primeiras equipas acima da 'linha de água’, que acabaram por vencer os seus jogos.
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