As explicações dadas hoje pela FIFA, UEFA e Associação Europeia de Agentes de Futebol (EFAA) não convenceram os deputados da Comissão de Inquérito do Parlamento Europeu aos Documentos do Panamá, no que toca ao branqueamento de capitais e evasão fiscal.

“Muitos de nós não ficaram minimamente satisfeitos, antes pelo contrário. Mostraram que os órgãos reguladores ou não sabem ou são fracos. Rematam bolas para fora”, disse no final da audiência a eurodeputada do UPyD, Maite Pagazaurtundúa.

FIFA, UEFA e EFAA marcaram presença a pedido de uma comissão de inquérito do Parlamento Europeu, que examina as quebras fiscais verificadas ao nível do mundo do futebol profissional a partir das revelações do sítio ‘Football Leaks’.

O representante da FIFA e diretor do departamento de integridade nas transferências, Kimberly Morris, defendeu na comissão de inquérito que a organização que tutela o futebol mundial está comprometida com a “boa governança, transparência e integridade”.

Kimberly Morris afirmou que as regras atuais no que toca às transferências de jogadores procuram “proteger a integridade das competições” e "aqueles que nelas participam”.

“Como qualquer lei, esses regulamentos não são estáticos” para que o progresso possa ser feito em direção a “uma estrutura de cooperação mais coordenada entre autoridades públicas e organismos desportivos", referiu.

O representante da UEFA foi o assessor jurídico Julien Zylberstei, que afirmou que uma das principais preocupações da instituição é pautar pelas regras do jogo justo financeiro.

“Houve uma falta de respeito da UEFA e da FIFA em relação ao Parlamento Europeu. Quando chamamos instituições aqui para dar explicações sobre o que fazem contra a fraude fiscal, a maioria faz-se representar ao mais alto nível. Hoje, mandaram-nos alguns técnicos”, afirmou o deputado europeu da ICV, Ernest Urtasun, num comunicado à agência noticiosa Efe.

Para o político espanhol, a exposição do representante da FIFA [Kimberly Morris] foi “um pouco concreta”, enquanto as explicações dadas pelo delegado da UEFA [Julien Zylberstei] foram, no seu entender, “uma verdadeira vergonha”.

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