A cadeia de 'fast food' KFC, já reagiu à interferência de de Kylian Mbappé que ameaçou não participar numa sessão fotográfica para os patrocinadores da Federação Francesa de Futebol. O craque do PSG lembrou que não fará parte de campanhas que envolvam empresas de fast food e companhias de apostas. A Federação Francesa ouviu o internacional francês e garantiu que vai tomar medidas "o mais rapidamente possível".

Ora a KFC não gostou das cedências da FPF. Alain Béral, vice-presidente da gigante norte-americana em França acusou Mbappé de "caprichos", e garantiu que a empresa de fast food vai fazer "valer os seus direitos."

"É um problema entre a Federação e Mbappé, que está com um capricho próprio da revolta da juventude. Não temos nada a ver com isso. O que eu sei é que nós pagámos por algo que foi negociado de forma muita clara e vamos fazer valer os nossos direitos. Se os jogadores se vão recusar, então temo que as empresas privadas deixem de financiar os campeonatos e Federações", avisou Alain Béral, em declarações ao site 'Sport Business Club'.

Na quarta-feira, Kylian Mbappé decidiu participar na sessão de fotos publicitárias organizada pelos patrocinadores da Federação Francesa de Futebol (FFF), depois de esta, pressionada pelo futebolista, se ter comprometido a alterar o contrato sobre cedência dos direitos de imagem.

Segundo o diário desportivo L'Équipe, o atacante do Paris Saint-Germain participou, juntamente com alguns dos seus companheiros, numa sessão de fotos publicitária considerada importante, tendo em conta que será transmitida durante o Mundial do Qatar, cujo início está marcado para 20 de novembro.

Mbappé tinha anunciado na segunda-feira a sua recusa em participar nessa sessão publicitária da Federação Francesa de Futebol com patrocinadores, pressionando para a alteração dos contratos dos direitos de imagem dos jogadores.

Repetindo a posição que tomara em março, o avançado do Paris Saint-Germain garantiu que a sua recusa nada teve a ver com o montante do dinheiro que ganha com os patrocínios, uma vez que o doa a associações de caridade, mas sim com o facto de não querer estar ligado ao que representam certas marcas.

Entre estas, não deseja estar associado a empresas de ‘fast food’, nocivas para a saúde, nem de apostas, que podem desvirtuar a integridade do desporto.

O futebolista há muito que pede a reformulação do acordo assinado em 2017 quando se estreou na seleção – comum a todos os colegas - e que prevê um pagamento de 25 mil euros por jogo, sendo que a federação pode vender a sua imagem aos patrocinadores.

Poucas horas após este anúncio, que turvou ainda mais o ambiente da seleção francesa, a FFF deu ‘o braço a torcer’ e indicou que estava empenhada em rever este quadro legal “o mais rapidamente possível”, quando até agora a sua posição fora intransigente no sentido de não proceder a qualquer alteração até ao Mundial2022.

O objetivo, segundo a sua versão, é estabelecer “um novo acordo que lhe permita assegurar os seus interesses tendo em conta as legítimas preocupações e convicções expressas unanimemente pelos jogadores”.