A Liga espanhola de futebol considerou hoje que “a Superliga é um modelo egoísta e elitista”, e que todos os formatos que não sejam totalmente abertos, de acesso direto, via campeonatos, são modelos “fechados”.
O comentário surgiu após o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) ter considerado hoje contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir atletas e clubes de participarem em competições privadas.
O organismo, que não se debruçou especificamente sobre a Superliga, mas sobre questões de caráter geral sobre as regras da UEFA e da FIFA, considera que uma competição como a proposta “não deve ser necessariamente autorizada”.
“Já começam a intoxicar, como adverti. Sempre foi possível organizar competições fora da alçada da UEFA e da FIFA, isso não se pode proibir. O tema são as condições das mesmas estarem debaixo da organização da UEFA e FIFA”, disse Javier Tebas, presidente de La Liga.
Para Javier Tebas, na decisão da TJUE o que se está a dizer é que “devem existir regras transparentes, claras, objetivas, para a aprovação das competições” e não que as mesmas devam admitir a Superliga.
“Pelo contrário, aponta que os critérios de admissão em competições têm de ser transparentes, objetivos e não discriminatórios. Princípios, precisamente, incompatíveis com a Superliga”, acrescentou.
A reação da La Liga e de Javier Tebas surge depois de o mais alto órgão administrativo da UE ter considerado que a UEFA e a FIFA abusaram da sua “posição dominante” na sua acção contra a criação da controversa Superliga de futebol.
Esta é uma decisão que não permite recurso e que deve ser aplicada pelo tribunal espanhol que está a apreciar o caso, em resposta à denúncia apresentada em abril de 2022 pelas empresas gestoras do projeto desportivo - A22 Sports Management e European Super League.
O projeto da Superliga foi iniciado por 12 clubes europeus, dos quais apenas permanecem o Real Madrid, o FC Barcelona e a Juventus.
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