Rafael Louzán, líder da associação galega, foi hoje eleito para a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) para o período 2024-2028, sucedendo a Pedro Rocha, mas pode perder o cargo devido a decisão judicial.
Louzán bateu Salvador Goma, presidente da associação valenciana, por 90 votos contra 43, numa assembleia-geral em que sucedeu a Pedro Rocha, que foi acusado em tribunal de abuso de poder e destituído, além de estar implicado num caso de corrupção.
Antes dessa eleição, em abril, Luis Rubiales tinha sido afastado do cargo como consequência de um incidente no Mundial feminino, quando beijou sem consentimento a capitã da seleção Jenni Hermoso, após a vitória da Espanha na final, em agosto de 2023.
Louzán, de resto, também não tem garantida a sua permanência no cargo, uma vez que aguarda decisão de recurso do Supremo Tribunal de Justiça quanto a uma condenação por peculato, que levou a que fosse impedido de exercer cargos públicos.
Se for afastado, será o quarto líder consecutivo da RFEF a ser afastado, depois de Ángel María Villar também o ter sido antes de Rubiales, num caso de corrupção.
Louzán apelou ao “trabalho em união, em equipa”, para “conseguir uma federação e um futebol melhor”.
“Chegou o momento de recuperar definitivamente o prestígio desta casa. Necessitamos de uma instituição que inspire confiança e volte a ser reconhecida pelo que representa: a voz do futebol espanhol”, declarou, no discurso de vitória.
Nessa união, acrescentou, cabem e são “todos necessários”, do Governo à Liga espanhola, sindicatos, clubes, árbitros, técnicos e a “família” das modalidades.
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