O treinador Rafael Dudamel anunciou hoje a renúncia à liderança da seleção da Venezuela de futebol, justificando-a com a “deterioração” das suas relações com os dirigentes federativos.
“Hoje decidi renunciar à seleção no seu melhor momento histórico. É o melhor para ela. A minha relação com os dirigentes (da federação) deteriorou-se muitos nos últimos tempos e, nas atuais condições, é muito complicado continuar”, justificou.
Em mensagem deixada na rede social Twitter, o antigo guarda-redes venezuelano espera que o seu sucessor tenha as “condições de trabalho” que, garante, já não tinha e que, destaca, “são indispensáveis para alcançar o sonho” de qualificação para o Mundial2022 do Qatar.
Esta saída ocorre a 84 dias do início da qualificação, com estreia marcada para 26 de março, com visita à Colômbia de Carlos Queiroz.
Agradeceu à família e equipa técnica que o acompanhou e elogiou os futebolistas de todas as seleções venezuelanas, destacando o “talento” suficiente para os levar ao Mundial.
Em funções desde 2016, Rafael Dudamel comandou a seleção ‘vinho tinto’ em 42 jogos, garantindo 12 vitórias, cedendo 17 empates e sofrendo 13 derrotas.
Em março, o técnico de 46 anos já se tinha demitido, na altura por entender que a seleção não devia ser um palco político, na disputa entre o presidente Nicolas Maduro e o autodenominado presidente interino Juan Guaido.
Em 2017, Rafael Dudamel levou os sub-20 da Venezuela a surpreendente vice-campeã do Mundo e, na última Copa América, disputada no Brasil, empatou com os anfitriões na fase de grupos e só foi afastada nos quartos de final pela Argentina.
Vários órgãos de comunicação brasileiros noticiam que o treinador estará perto de assinar pelo Atlético Mineiro.
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