Um treinador das camadas jovens do Shakhtar Donestk foi morto esta quarta-feira durante um bombardeamento russo à cidade. A revelação foi feita por Sergei Palkin, CEO do emblema ucraniano.

"Um funcionário nosso foi morto ontem [quarta-feira]. Era treinador das camadas jovens. Foi morto por um fragmento de um projétil russo", explicou o dirigente do Shakhtar, antes de deixar um apelo.

"A Rússia está a matar ucranianos. Parem com esta loucura! Não fiquem em silêncio, falem! Caso contrário, será uma derrota pessoal vossa. Uma derrota que será lembrada por todas as gerações futuras. Uma derrota que não pode ser apagada da história mundial e cada um será culpado e responsável pelos crimes cometido", escreveu Sergei Palkin, numa mensagem publicada nas redes sociais.

O presidente do Shakhtar Donetsk dirigiu-se depois aos "proprietários, diretores e jogadores de futebol dos clubes de futebol russos" para pedir uma reação ao que se está a passar na Ucrânia, país que está a sofrer uma invasão por parte da Rússia.

"A Rússia, de uma nação que fez tremendos esforços para derrotar o nazismo, está a transformar-se numa nação de terroristas, uma nação de cobardes silenciosos. O mundo inteiro está de olho em vocês. E o mundo espera que vocês parem a loucura. Mas vocês estão com medo. No desporto, o medo é um sentimento que reduz a probabilidade de vitória a zero. O vosso medo de ir contra a guerra na Ucrânia, o vosso medo leva a milhares de mortes entre civis, o vosso medo leva a crianças mortas e a milhões de mutilados. O vosso medo de ir contra o regime sangrento é a vossa maior derrota. Apesar de não ter dado a ordem para exterminar os ucranianos, o vosso silêncio é uma ajuda para o assassinato e destruição em massa", criticou Palkin.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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