O antigo internacional italiano Vincenzo Iaquinta foi esta quarta-feira condenado a dois anos de prisão na sequência de crimes ligados a armas. O ex-jogador foi uma das 125 pessoas do processo ‘Aemilia’, que investigou ligações ao grupo mafioso Ndrangheta.

O ex-jogador da Juventus, que venceu o Mundial de 2006, estava acusado de posse ilegal de armas de fogo e de intenção de ajudar a Ndragheta, nome pelo qual é conhecida a máfia da Calábria. Os promotores do caso pediram que o ex-atleta fosse condenado a seis anos de cadeia, mas acabou por ver o castigo reduzido para dois.

Embora Iaquinta tivesse permissão para porte de armas, o seu pai tinha sido proibido pela Justiça de manter armamentos na sua residência. Giuseppe Iaquinta foi também julgado e punido com 19 anos de prisão por associação à máfia.

De acordo com a imprensa transalpina, o ex-jogador e o seu pai deixaram a sala de audiências gritar "vergonha, é ridículo".

Após o julgamento, o antigo avançado de 38 anos falou aos jornalistas: "Nem sequer sabemos o que quer dizer o nome 'Ndrangheta. Não é possível. Arruinaram a minha vida para nada, só porque sou da Calábria. Ganhei um Mundial e tenho orgulho nas minhas origens. Estou a sofrer como um cão, assim como a minha família e os meus amigos sem ter feito nada."

Iaquinta, agora com 38 anos, fez 40 jogos e marcou seis golos pela seleção italiana e ajudou à conquista do título mundial em 2006, na competição que decorreu na Alemanha.

A nível de clubes, o ex-avançado deu nas vistas na Udinese, tendo depois representado a Juventus, antes de terminar a carreira no Cesena, em 2012.

Notícia atualizada às 15h34