O treinador do Benfica realçou hoje que o principal objetivo nestas primeiras semanas de trabalho da nova temporada futebolística é ir em busca do melhor que a equipa fez na última época, mostrando-se satisfeito com a evolução do plantel.
"O grande objetivo neste momento é ir ao encontro do melhor que fizemos o ano passado. É criar a melhor condição física para todos e em termos coletivos jogarmos da mesma forma com que terminámos o campeonato", lançou aos jornalistas Bruno Lage no final do treino de hoje em Stanford, nos Estados Unidos (EUA).
E acrescentou: "Faço um balanço muito positivo, uma entrega de toda a gente, o mais importante é ligarem-se uns aos outros, voltarem a ligar-se uns aos outros, até mesmo na forma como os novos jogadores foram recebidos, para interagir, quer dentro de campo, e temos sentido isso, há uma vontade enorme de entrar no espírito desta equipa, dentro e fora de campo".
O técnico ‘encarnado’ sublinhou que, nestas primeiras semanas de trabalho, enquanto não há um onze definido, todos treinam de forma muito empenhada para tentar conquistar um lugar entre os titulares.
Questionado sobre a possibilidade de combinar os avançados Seferovic e Raúl de Tomás na frente de ataque das águias, Lage disse que "existem todas as possibilidades", e que "são os jogadores que fazem as equipas e criam as dinâmicas" de jogo.
"Por isso é que eu disse, no final do jogo com a Académica, que não vamos encontrar o substituto para o Jonas, nem para o João Félix, vamos é ter jogadores diferentes. Cada jogador por si traz dinâmicas diferentes, e traz valor acrescentado à equipa de forma diferente. O mais importante é nós encontrarmos a melhor dinâmica para criarmos uma equipa competitiva", assinalou.
Lage aproveitou também para vincar a importância de poder, pela primeira vez, trabalhar com o plantel 'encarnado' desde o arranque da nova época, uma vez que só assumiu os comandos da equipa principal em janeiro, substituindo Rui Vitória.
"Estamos a olhar para um princípio que é aquilo que de melhor fazíamos o ano passado, e crescer, porque realmente havia algumas coisas que queríamos fazer de outra forma, mas pela falta de tempo e também pela entrada a meio da época com a máxima urgência de tentar ganhar rapidamente jogos e discutir depois o título, entendemos direcionar a equipa para três ou quatro objetivos mais curtos, mais rápidos, para que as coisas começassem da melhor maneira", afirmou.
Mas garantiu que a ambição de todos é de "superação" e de "fazer melhor em determinadas fases do jogo", e que é para isso que está a trabalhar.
Quanto às questões relacionadas com as entradas e saídas de jogadores, Lage evitou abordar casos concretos, dando a entender que há sempre espaço para reforçar o plantel, de forma a melhorar a competitividade interna.
"O Benfica neste momento, pela estrutura que tem, oferece condições fantásticas aos seus jogadores. Há uma estrutura profissional que tem tudo. E que gera um enorme conforto a todos os atletas. Isso é muito importante. Eu como treinador, quero tirar-lhes o conforto", atirou, explicando que acredita que os jogadores têm que sentir uma forte concorrência de forma a darem sempre mais.
Se sobre o guarda-redes italiano Mattia Perin não houve nenhuma referência direta, sobre o avançado Carlos Vinícius, cuja contratação ao Nápoles está a ser amplamente noticiada hoje pelos meios desportivos, Lage acabou por reconhecer que o brasileiro de 24 anos tem características diferentes de Jonas e João Félix.
"Onde é que eu encontro no mercado jogadores como Jonas e João Félix? É por isso que [João Félix] vale 126 milhões de euros", rematou.
O Benfica está neste momento a estagiar em Stanford, na Califórnia, e, no sábado, vai disputar o seu primeiro encontro relativo à International Champions Cup (ICC), frente aos mexicanos do Chivas.
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