A assembleia de acionistas do Racing de Santander aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, a destituição do conselho de administração do clube e a nomeação de um novo, que será integrado por três ex-jogadores.
O novo conselho terá oito administradores, entre as quais os ex-jogadores do clube cantábrico Juan Antonio 'Tuto' Sanudo, Paco Liano e Pedro Alba.
Na assembleia de acionistas, reunida por ordem judicial após ter sido desconvocada pelo presidente cessante do Racing, Ángel Lavín, o administrador da WGA Sports Holding, Onur Arslan, auxiliado por um tradutor, solicitou o exercício de responsabilidade social contra o anterior conselho de administração.
O Racing de Santander foi hoje sancionado com a exclusão da próxima edição da Taça do Rei, depois dos jogadores do clube se terem retirado quinta-feira do relvado na partida com a Real Sociedad, quando estava decorrido menos de um minuto do jogo, numa ação de protesto pela existência de salários em atraso no clube.
Fracisco Rubio, o único juiz responsável pela Taça do Rei, delarou a falta de comparência do Racing de Santander diante da Real Sociedad como fator de perda da eliminatória e confirmou que o clube não poderá participar na próxima edição da prova, em resultado da aplicação do Regulamento de Disciplina.
A sanção surge na sequência da recusa dos jogadores em jogar a partida dos quartos de final da Taça do Rei.
No primeiro ponto da decisão, o juiz declara "a não comparência, por retirada coletiva do terreno de jogo" do Racing, aplicando a consequente pena de suspensão.
Em segundo lugar, Fracisco Rubio dá "por concluído o citado encontro" e, em terceiro, "perdida a eliminatória do clube ausente, o qual não poderá participar na próxima edição da Taça do Rei, em virtude da aplicação do artigo 77.1.a) do Regulamento de Disciplina".
No quarto e último ponto, o juiz da competição condena o clube cantábrico a uma multa de 3006 euros.
Os jogadores do Racing de Santander cumpriram a promessa feita e, apesar de terem entrado em campo e assistido ao pontapé de saída, negaram-se depois a jogar com a Real Sociedad, que agora vai defrontar o FC Barcelona nas meias-finais da competição.
O plantel havia pedido a demissão do presidente do clube, Ángel Lavín, e dos restantes membros do conselho de administração, em protesto contra os salários em atraso.