Continua o 'braço de ferro' entre Messi e o Barcelona quanto ao conteúdo do contrato que liga ambas as partes. O jogador argentino defende que não tem de pagar a sua cláusula de rescisão, no valor de 700 milhões de euros, para deixar o clube. O entendimento do clube é exatamente o contrário.

Na noite de sábado, o 'El Larguero', da Cadena SER avançou que o contrato do argentino diz que a cláusula de rescisão não é válida a partir de 2019/2020, daí Messi ter pedido para ser libertado. Se quiser sair, apenas será contabilizado, por um juiz, um montante que terá de compensar a Barcelona mas não tem qualquer obrigação de pagar os 700 milhões de euros que constam na sua cláusula de rescisão.

Mas uma fonte da direção do Barcelona disse ao diário desportivo 'El Mundo' que o contrato de Messi está em vigor com as mesmas condições das outras épocas anteriores, o que quer dizer que se Messi quiser sair antes de junho de 2021 (data do final do contrato), terá de ser pela cláusula.

Os catalães voltaram este sábado aos trabalhos, com a realização de testes para a COVID-19 mas, de acordo com o 'El Mundo Deportivo', Messi não vai comparecer. O jogador recusa-se a treinar com o restante plantel do Barcelona, numa altura em que pretende rescindir unilateralmente o contrato que tem com o emblema catalão até junho de 2021.

Jordi Alba e Martin Braithwaite foram os primeiros para fazer os testes. Luís Suárez, Arturo Vidal, Rakitic, Samuel Umtiti e Junior Firpo, não estão nos planos de Koeman para a próxima época mas são esperados nos treinos.

Até este domingo, os jogadores do Barcelona vão ser testados à COVID-19 e, na segunda-feira, a formação catalã inicia a pré-temporada.

Na terça-feira, o internacional argentino comunicou ao FC Barcelona a intenção de rescindir unilateralmente, com os seus advogados a informarem o clube que o jogador pretende deixar a Catalunha já neste verão, ao abrigo de uma cláusula que consta do seu contrato e que expirou em 10 de junho.

A imprensa espanhola revela que o contrato de Messi inclui uma cláusula que lhe permite rescindir unilateralmente o contrato no final de cada temporada, embora com um prazo definido para o fazer.

Neste caso, o FC Barcelona alega que o prazo expirou em 10 de junho, pelo que considera que o contrato do avançado, de 33 anos e que tem uma cláusula de rescisão de 700 milhões de euros, é válido até 30 de junho de 2021.

Ainda assim, de acordo com o jornal espanhol Marca, Messi e os seus advogados acreditam que o contrato poderá ser rescindido, com base nas alterações no calendário da época 2019/20, que foi prolongada devido à pandemia de covid-19.

Na semana passada, a comunicação social espanhola, nomeadamente da Catalunha, revelou que Lionel Messi se tinha reunido com Ronald Koeman, tendo confessado ao novo treinador do ‘Barça' que se sentia "mais fora do que dentro do clube".

Os ingleses do Manchester City e os italianos do Inter de Milão têm sido apontados como possíveis destinos do ‘astro' argentino, que chegou ao FC Barcelona em 2000, com apenas 13 anos.

Messi, seis vezes eleito o melhor futebolista do mundo para a FIFA, soma mais de 731 jogos e 634 golos pela equipa principal dos ‘blaugrana', ao serviço dos quais conquistou 10 ligas espanholas, seis taças do Rei de Espanha, oito supertaças espanholas, quatro ligas dos campeões, três supertaças europeias e três mundiais de clubes.