José Mourinho alimentou o «vício e amor pelo futebol» através da rádio, pelo que gostava que continuassem a haver relatos dos jogos em Espanha, em risco devido ao conflito entre Liga e emissoras devido aos direitos de transmissão.
Numa entrevista à agência Lusa, o treinador do Real Madrid afirmou que, neste caso, prefere pensar «de um modo muito objetivo, muito básico mesmo», na qualidade de adepto do futebol.
«Eu cresci com as rádios a serem importantes no mundo do futebol. Ainda hoje, quando as novas tecnologias ocuparam espaços antes não ocupados, eu continuo a pensar que as rádios são importantes. Crescemos assim, alimentámos o nosso vício e o nosso amor pelo futebol assim também e para mim fazem falta», disse.
Mas, apesar desta visão apaixonada, José Mourinho também dá lugar a um discurso «muito pragmático», de acordo com o qual «o futebol é um negócio importante, é uma indústria importante».
«Não conheço muito bem os números, mas acho que, principalmente em Espanha, as rádios faturam, e faturam muitíssimo, em função da transmissão e do acesso aos campeonatos e às competições mais importantes», frisou.
Por isso diz «perceber que neste momento existe um vazio que tem de ser preenchido com diálogo, com negociação» entre a Liga e as estações de rádio.
Porém, remata com o discurso do adepto: «Mas prefiro pôr-me na pele de um básico apaixonado do futebol: cresci com as rádios e gostava que as rádios continuassem».
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