
O presidente do Valência, Amadeo Salvo, disse hoje que o banco espanhol Bankia está a ter uma postura "ridícula" e desrespeitosa nas negociações com a empresa de Peter Lim sobre o refinanciamento da dívida do clube.
O responsável do clube valenciano, que falava durante a apresentação do jogador alemão Shkodran Mustafi, acrescentou que não há avanços na negociação entre o Bankia e Peter Lim, o empresário de Singapura a quem a Fundação Valencia CF - que detém o clube de futebol - anunciou que iria vender a maioria das ações.
No entanto, o principal credor do Valencia, o Bankia, e Peter Lim têm de entender-se quanto à divida acumulada. Em início de junho, o Bankia anunciou ter chegado a acordo com Peter Lim quanto a uma reestruturação da dívida, que permitia ao banco recuperar integralmente os 320 milhões de euros que emprestou ao Valência.
"O Bankia não está a cumprir o que assinou em junho com a Meriton e quer mudar as regras do jogo, tentando defender interesses que no estavam assinalados nos termos [do acordo]", salientou Salvo, para quem a entidade financeira está a demonstrar "uma falta de respeito tremenda" pelo Valência.
Para Salvo, o Bankia "não permite que o Valência avance desde dezembro" e está a ter uma atitude "ridícula" para com o clube. Sem a reestruturação da dívida, o Valência tem de pagar ao Bankia 220 milhões de euros até ao final do mês, e a Fundação Valência outros 47 milhões.
Mas sem a concretização da venda a Peter Lim, o Valência não tem esse dinheiro e pode entrar em incumprimento (caso o Bankia não prorrogue o prazo de pagamento).
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