O futebolista francês Karim Benzema, do Real Madrid, disse hoje que os “grandes jogadores são sempre criticados” e que as críticas que tem recebido esquecem que fez parte “da frente de ataque mais rápida e goleadora do mundo”.

“Muitas pessoas esquecem-se das coisas passado seis meses ou um ano. Eu e Gareth Bale fizemos parte da frente de ataque mais rápida e goleadora do mundo. Agora somos maus. Num clube como o Real, é habitual. Mas com Bale e Cristiano Ronaldo, vivi anos muito bonitos. Gostaria de ficar na história por ter integrado este ataque”, assinalou o avançado francês, em entrevista à Vanity Fair.

Frequentemente criticado por marcar poucos golos (leva nove marcados em 38 jogos esta temporada), o francês de 30 anos disse não ler a imprensa, mas confessou não gostar quando é criticado quando joga “bem, para a equipa, mesmo não marcando”.

Em conferência de imprensa, o treinador dos ‘merengues’, o francês Zinedine Zidane, disse que o avançado “tem um bloqueio” com as balizas, mas que este encontrará a solução “em breve”.

“Todos sabemos da qualidade de Benzema e tudo o que pode trazer à fluidez da equipa, no que diz respeito a isso não há problema nenhum nem estamos preocupados (...). Quanto aos golos, tem de marcá-los e ele sabe-o. Mesmo sabendo fazer outras coisas, como combinar com os outros, tem de marcar”, atirou.

No Real Madrid desde 2009, Benzema explicou que joga futebol “para ajudar os companheiros a vencer” e para ganhar títulos, e admitiu sentir “toda a confiança” do treinador e afirmou não se importar com os assobios da bancada, porque os adeptos "que vão ao estádio para assobiar, vão sempre assobiar".

O avançado recordou ainda um episódio com o presidente do clube, Florentino Pérez, que o recebeu pessoalmente e deu “muito carinho” depois de, em 2010, um jornal ter dito que o francês estava “morto”.

Sobre a ausência da seleção francesa, depois de ter sido implicado numa alegada chantagem do compatriota e colega de seleção Mathieu Valbuena, o antigo jogador do Lyon admitiu que já não espera ser chamado para o Mundial2018 pelos vice-campeões europeus e não pretende tomar a iniciativa ao selecionador, Didier Deschamps.