Josep Maria Bartomeu concedeu uma entrevista ao jornal catalão 'Sport' onde falou da sua gestão no Barcelona, antes de se demitir. Um dos temas do ex-presidente do Barcelona foi a saída de Messi. De recordar que o Barcelona explicou que não tinha como renovar com o argentino, devido ao fair-play vigente em Espanha, já que o Barcelona estava a gastar mais do que devia.

"Como presidente eu não queria que Messi saísse e faria todos os possíveis, todos os esforços, para que Leo não saísse do clube. Penso que era bom para o Barça e para ele que continuasse connosco. Este verão deixaram-no sair e parece-me uma má decisão. Jogar sem Messi significa que muitas coisas têm de ser mudadas", começou por dizer.

No dia 06 de agosto, o atual presidente, Joan Laporta, garantiu que a renovação de contrato com o futebolista argentino Lionel Messi teria “colocado em risco” o futuro do clube, tendo em conta a situação financeira do emblema catalão.

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"Os números [financeiros] do clube são preocupantes. Recebemos uma herança nefasta e calamitosa [da anterior direção], com uma massa salarial desportiva que representa 110% das receitas do clube. Não temos margem salarial. Fazer um investimento com o que se previa com o contrato de Messi acarretava certos riscos e não queremos colocar ainda mais em risco o clube", afirmou Laporta, em conferência de imprensa.

Sem capacidade para renovar com o argentino, Messi deixou o seu clube de sempre a custo zero e assinou com o PSG.

Messi, que chegou ao 'Barça' quando tinha 13 anos, estreou-se pela equipa principal em 2004/05 e, em 17 épocas, arrebatou 34 títulos, entre os quais 10 ligas espanholas e quatro ligas dos campeões, além de ter sido eleito por seis vezes ‘Bola de Ouro’ (melhor jogador do mundo) e ter conquistado por seis vezes a ‘Bota de Ouro’ (melhor marcador dos campeonatos europeus).

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Na mesma entrevista ao Sporting, Josep Maria Bartomeu saiu em defesa de Ronaldo Koeman, técnico dos blaugrana. Foi ele quem contratou o holandês, muito contestado por estes dias na Catalunha.

"Chegou ao clube num momento muito delicado, depois de uma dolorosa derrota [2-8 com o Bayern Munique em Lisboa] e aceitou o desafio. Na sua primeira época esteve muito bem, ganhou a Taça do Rei e ainda não sei porquê não vencemos a Liga. Já a Champions é outra conversa […]. Koeman está preparado, mas é preciso ter paciência para construir uma boa equipa sem a presença do melhor jogador do mundo. Acho que há muito talento no plantel, principalmente nos jovens […]. Temos de ganhar a Liga e a Taça do Rei, tenho isso muito claro, temos que lutar contra eles porque temos equipa para isso", atirou.

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Uma auditoria pedida pela nova direção do FC Barcelona revelou que houve descontrolo e improviso na gestão diária do clube durante a presidência de Josep Maria Bartomeu, revelou o diretor-geral, Ferran Reverter.

De acordo com o dirigente, a gestão de Bartomeu fez disparar a massa salarial em 61% em três anos e deixou uma dívida de 1.350 milhões de euros (ME) até março.

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