A Liga espanhola de futebol planeia realizar parcerias com ligas de futebol profissional de outros países, incluindo a portuguesa, para partilhar a sua estratégia de inovação digital.

Em declarações à agência Lusa, à margem de uma palestra na Web Summit para apresentação da estratégia da “La Liga” no plano da inovação, o responsável da liga espanhola afirmou estar “definitivamente nos planos” da empresa o estabelecimento de parcerias com ligas como a portuguesa.

Por enquanto, explicou Trujillo Ignacio, a “La Liga” está a focar-se no desenvolvimento dos seus projetos digitais, bem como na consolidação da sua atividade central no futebol espanhol, que passa pela organização e segurança dos jogos, a comercialização dos direitos televisivos, luta contra a pirataria, ´match-fixing´ e violência, patrocínio da competição e o controle das regras financeiras aplicadas aos clubes.

A “La Liga”, enfatizou, tem de assegurar primeiro “o melhor produto”, com “os melhores jogadores” – “a ´premier league´ tem o dobro do valor da liga espanhola, se não o fizermos os jogadores tenderão preferi-la”, apontou.

Depois, acrescentou, é necessário “tornar o produto atrativo”, com um conjunto de novas ferramentas à disposição dos utilizadores (câmaras 4K, ´replays´ em 3D) e “produtos diferentes para diferentes objetivos”, como a aplicação da liga para ´smartphones´ e ´tablets´, disponível em 11 línguas e que conta 2,6 milhões de utilizadores ativos por mês.

O objetivo da “La Liga” é alcançar 52 milhões de utilizadores ativos nas suas aplicações móveis, 23 milhões de ´downloads´, não apenas em Espanha, mas sobretudo no resto do mundo.

Na rede social Facebook, a liga espanhola tem mais de 10 milhões de seguidores.

Paralelamente, a liga espanhola criou a “La Liga Lab”, que recolhe contributos de todo o mundo para desenvolver novos projetos digitais.

No plano interno, a “La Liga” fornece aos clubes da primeira e da segunda divisão ferramentas que permitem analisar múltiplos parâmetros de todos os jogos (como o desempenho individual dos jogadores, por exemplo), bem como as páginas na internet dos clubes que não tenham recursos para o fazer (gerindo em troca a publicidade veiculada nos respetivos ´sites´).