Iker Casillas, guarda-redes do Real Madrid e da seleção espanhola de futebol, admitiu na quinta-feira que deverá abandonar a equipa nacional depois do Euro2016, numa entrevista em que também falou da relação de “amor e ódio” com José Mourinho.
O ‘capitão” dos madrilenos confessou à estação espanhola Cadena Cope que viveu “momentos de grande angústia” quando foi relegado para o banco de suplentes por José Mourinho, treinador do Real Madrid entre 2010 e 2013.
“Tivemos uma relação de amor e ódio. De encontros e desencontros. Andei triste. Cheguei a chorar. Hoje cumprimentaria Mourinho e penso que ele também me estenderia a mão”, afirmou o guarda-redes.
Por ter perdido a titularidade para Diego Lopez, Casillas também reconheceu que chegou a ponderar deixar o Real Madrid, o seu clube de sempre (entrou para a escola de formação em 1990).
Sobre a equipa de Espanha, pela qual conquistou dois títulos europeus e um mundial, Casillas disse que “provavelmente” deixará a seleção após o Europeu de 2016, que se disputa em França.
Sobre o Mundial2014, prova disputada no Brasil e na qual a Espanha defendia o título conquistado em 2010, na África do Sul, Casillas considerou que o percurso negativo da equipa “foi muito duro”.
A Espanha falhou o apuramento para os oitavos de final depois de não ter conseguido melhor que o terceiro lugar no seu grupo, tendo começado a prova com duas derrotas, frente à Holanda, por 5-1, e Chile, por 2-0.
“Eramos uma equipa formada há quatro ou cinco anos, jogando de forma brilhante. No Brasil, devíamos ter feito melhor. O futebol vive de detalhes, de momentos. Não conseguimos reagir à derrota com a Holanda e acabámos por deixar uma má imagem”, reconheceu.
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