A Liga espanhola de futebol (LaLiga) encorajou hoje os clubes a recorrer às medidas previstas para desemprego parcial, para atenuar as perdas económicas que decorrem da paragem do campeonato por causa da pandemia de covid-19.
"Os clubes devem iniciar os seus processos de redução do tempo de trabalho (ERTE) por motivo de força maior, para atenuarem o impacto negativo que a covid-19 produz no setor e para poderem garantir o restabelecimento posterior", refere a Liga, em comunicado.
As ERTE permitem a redução do tempo de trabalho e, consequentemente, a redução da remuneração, bem como a suspensão temporária dos contratos.
Segundo o diário Marca, a LaLiga estima que as perdas totais do setor poderão chegar a 956,6 milhões de euros, se o campeonato nacional, a Liga dos Campeões e a Liga Europa não forem retomados.
Caso o campeonato retome, mas à porta fechada, as perdas poderão ser de 303,4 milhões de euros e se houver público serão somente de 156,4 milhões.
As perdas serão repartidas, estando em estudo que os jogadores assumam entre 46 a 49 por cento, mas até ao momento ainda não há acordo entre a Liga e a associação de futebolistas (AFE).
Entretanto, jogadores de várias equipas, incluindo FC Barcelona e Atlético de Madrid, aceitaram reduções de salário na ordem dos 70 por cento, para ajudarem os clubes a suportar as consequências económicas do momento.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil. Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, com cerca de 560 mil infetados e perto de 39 mil mortos.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 17 de abril, registaram-se 246 mortes e 9.886 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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