O presidente do Conselho Superior de Desportos (CSD), José Rámon Lete, disse hoje que a detenção do presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) demonstra que “o estado de direito funciona”, mas prejudica imagem do desporto espanhol.

Lete indicou que a detenção de Ángel María Villar, durante a manhã de hoje, prova que "o estado de direito funciona, as instituições funcionam, que os juízes estão a trabalhar e os corpos e forças de segurança também”.

“Vamos ser prudentes e estar expectantes nos próximos movimentos. Os processos são secretos e, portanto, não sabemos nada. Mas atuaremos com toda a contundência da lei”, disse o presidente do CSD.

A investigação foi oficialmente iniciada em 2016, após uma denúncia do CSD, que acusava Villar de incentivar a realização de jogos entre a Espanha e outras seleções, de modo a conseguir serviços e outras relações comerciais para o seu filho, Gorka Villar.

“Todas as situações que conhecemos, por indícios ou irregularidades, pomos à disposição das pessoas competentes. A prudência e a cautela não são compatíveis com a máxima contundência, quando se conhecem factos que podem ter sido possíveis crimes”, acrescentou o presidente do CSD.

Lete também observou que o dever do órgão desportivo é “cumprir e fazer cumprir as leis”, garantindo a “boa governação e transparência das instituições desportivas”.

“Estamos preocupados, porque isto não é bom para a imagem de Espanha. Os nossos desportivos, que são quem nos dá êxitos, estão acima de tudo. E eu estou seguro de que serão capazes de elevar a imagem de Espanha até onde o país merece”, sublinhou o dirigente.