Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, está em prisão preventiva há mais de 600 dias. Em entrevista à RAC1O, o antigo dirigente dos catalães, acusado de branqueamento de capitais, por supostamente ter pago comissões à confederação Brasileira de Futebol (CBF), garante estar "inocente a 100 por cento".

"Bati o recorde de prisão preventiva em Espanha por um delito de caráter económico e sem que haja um prejudicado. Nunca paguei um euro de comissão a Ricardo Teixeira [presidente da CBF] nem violei a legislação brasileira", assegurou o antigo líder dos 'blaugrana'.

Rosell falou também da sua experiência na prisão e revelou passar por dificuldades a nível financeiro. "Já passei por todos os estados anímicos, agora estou indignado. Roubaram-me dois anos da minha vida, sobretudo na minha relação com os meus pais. Não me deixaram estar ao seu lado quando mais necessitavam, agora que são idosos. Também tenho pena pelas minhas filhas, pela minha mulher, que se tem portado como uma campeã. Não pude celebrar os meus 25 anos de casamento nem os 18 anos da minha filha mais velha", contou.

"Tenho tudo embargado. Nem um pão posso comprar à minha mulher", lamentou.