O agente FIFA Jorge Mendes disse hoje que Cristiano Ronaldo, por si representado, é “extremamente humilde” e desmentiu todos os que acusam o futebolista português do Real Madrid, recente vencedor da Bola de Ouro, de arrogância.

"O adjetivo que melhor se adapta para descrevê-lo é humilde. Tem a humildade de saber reconhecer os seus momentos de tristeza, identificar os seus erros para corrigir e se preocupar com quem ninguém se importa", disse Jorge Mendes à revista France Football.

Para o empresário Jorge Mendes o jogador do Real Madrid e capitão da seleção portuguesa é "um eterno insatisfeito e um incansável profissional", cuja natureza competitiva lhe permite continuar a evoluir sem se contentar com o que já conquistou.

"Cada vitória o incentiva a uma nova conquista, o mais importante é o que vai acontecer a seguir, o próximo troféu, o próximo golo, o próximo recorde a bater", disse Jorge Mendes, que administra a carreira de Cristiano Ronaldo desde que se iniciou no Sporting, em 2000.

Este ímpeto competitivo que o leva a não aceitar a derrota, “nem quando joga ténis ou ténis de mesa com os amigos", confunde-se, muitas vezes, com arrogância ou sobranceria, lamentou ainda Jorge Mendes.

"Nada é mais falso", disse o representante do jogador português, que disse que Cristiano Ronaldo "também sabe ouvir".

O empresário, de 50 anos, que é uma espécie de segundo pai ou irmão mais velho do futebolista, realçou o seu carácter e revelou que ninguém sabe o número de vezes que jogou "no limite de suas possibilidades físicas" e no limiar de dor.

Cristiano Ronaldo conquistou pela quarta vez a Bola de Ouro, prémio atribuído pela France Football ao melhor futebolista do ano, somando o terceiro troféu nos últimos quatro anos.

Vencedor do Europeu2016, ao serviço de Portugal, e da Liga dos Campeões, pelo Real Madrid, Cristiano Ronaldo isolou-se no segundo lugar do ‘ranking’, apenas atrás do argentino Lionel Messi, vencedor de cinco troféus.

O ‘capitão’ da seleção lusa já tinha arrebatado a Bola de Ouro em 2008, 2013 e 2014, nas duas últimas ocasiões num prémio entregue conjuntamente pelo France Football e a FIFA.