Um juiz espanhol rejeitou hoje o recurso de Lionel Messi e do seu pai, que exigiam que não fosse dado seguimento ao processo judicial de que estão acusados de evasão fiscal através de paraísos fiscais.

A estrela argentina do FC Barcelona e o seu pai Jorge, seu representante legal, têm cinco dias para contestar a decisão do juiz espanhol, no processo em que estão acusados de não ter pagado ao fisco do país vizinho um pouco mais de quatro milhões de euros, relativos a receitas de direitos de imagem, recebidas através de empresas sediadas em paraísos fiscais, entre 2006 e 2009.

Messi e seu pai sempre negaram tal acusação e responsabilizaram um antigo agente do jogador, tendo o processo sido arquivado por um tribunal de Barcelona que considerou “suficientemente credível” que o Bola de Ouro do Mundial 2014 no Brasil não estivesse ao corrente da gestão dos seus agentes.

No entanto, esta decisão do Ministério Público foi rejeitada em fim de julho pela Justiça espanhola, que ordenou a continuação do julgamento, ao considerar que Messi “poderia ter conhecimento da fraude fiscal e de a ter consentido”.

O craque argentino e seu pai já pagaram cinco milhões de euros em agosto de 2013 para cobrir eventuais impostos atrasados.

Quatro vezes vencedor da Bola de Ouro, Messi passou em um ano do décimo para o quarto lugar entre os desportistas mais ricos do mundo, segundo o ranking da revista Forbes, que lhe atribui um salário anual de 64,7 milhões de dólares (47,28 milhões de euros).