A justiça espanhola reabriu hoje o processo contra o futebolista brasileiro Neymar, indiciado dos crimes de corrupção e fraude no processo interposto pelo fundo de investimento DIS, que detinha parte dos direitos económicos do avançado do FC Barcelona.
Em julho, o juiz da Audiência Nacional de Madrid titular do processo considerou que a conduta de Neymar denunciada pelo fundo de investimento poderá ter repercussão “desportiva, ética e disciplinar”, mas sem enquadramento nos crimes de corrupção e fraude.
No entanto, a Procuradoria espanhola decidiu recorrer com base no conhecimento que o jogador e o pai teriam das irregularidades, recurso que foi agora deferido.
Além de Neymar, o DIS acusou mais nove pessoas de estarem envolvidas no processo, entre as quais o pai e a mãe do futebolista brasileiro, o atual presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e o seu antecessor, Sandro Rosell.
A justiça espanhola decidiu investigar a queixa apresentada pelo fundo de investimento, que detinha parte dos direitos de Neymar e que se considera lesado no processo de transferência do internacional brasileiro do Santos para o Barcelona.
O Barcelona, bicampeão espanhol, anunciou que a transferência do avançado brasileiro, realizada em maio de 2013, custou 57,1 ME, mas depois de uma investigação da justiça espanhola admitiu que a operação ascendeu, pelo menos, a 83,3 ME.
O fundo de investimento brasileiro, que detinha 40% dos direitos de Neymar, argumenta que lhe cabe uma parte da diferença entre o valor inicialmente declarado e o valor real que o Barcelona assumiu posteriormente, acusando os intervenientes de fraude e corrupção.
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