O “El Confidential” avança esta quinta-feira que a investigação aos 'Panama Papers' tem novos dados que apontam para ilegalidades cometidas por Lionel Messi. Em 2016, o jogador argentino e o pai foram condenados a 21 meses de prisão e 3,5 milhões de euros por três crimes fiscais relativamente aos direitos de imagem do jogador, mas a pena acabou por ser reduzida para 15 meses e 1,4 milhões de euros.

Depois da denúncia da Procuradoria de Barcelona, os representantes de Lionel Messi deram ordem para a compra de uma sociedade da América Latina. A dita empresa, Mega Star Enterprises Inc, foi comprada no verão de 2013 e registada no Registo Público do Panamá.

Na altura, Messi disse que "a sociedade a que estas informações se referem está completamente inativa e nunca teve fundos nem contas correntes abertas", mas a investigação descobriu que isso não é verdade. A empresa continua em vigor no registo público segundo o “El Confidential”.

Os advogadores do jogador do Barcelona acrescentaram ainda que a sociedade fazia parte de “uma história antiga”, mas o Panamá abriu uma investigação no ano passado por operações suspeitas da mesma. A Unidade de Análise Financeira para a prevenção do branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo do Panamá emitiu em fevereiro do ano passado um Relatório de operação suspeita sobre a sociedade Mega Star.

Tanto Messi como o pai continuaram, alegadamente, a utilizar a mesma estrutura offshore que entre 2010 e 2013 estava registada em diversos países. No entanto, nenhum dos dois foi julgado por isso pois chegaram a acordo com as Finanças espanholas.

A investigação Panama Papers

A investigação envolve a Mossack Fonseca, escritório de advogados no Panamá que mantinha segredos financeiros criminosos e celebridades mundiais.

Uma nova fuga de documentos internos da Mossack Fonseca mostra como o escritório de advocacia profissionais com quem faziam negócios comunicavam antes, durante e depois da publicação da investigação jornalística.

Os novos documentos incluem e-mails, listas de beneficiários e arquivos de casos criminais e estão datados entre o início de 2016 e o fim de 2017, apenas três meses antes de a Mossack Fonseca fechar os escritórios no Panamá e em outros 40 países.