A Guarda Civil espanhola revistou um avião privado em que viajava familiares de Guardiola, à procura de Carles Puigdemont. A notícia está a ser avançada pela Catalunya Ràdio. Esta não foi a primeira vez que tal aconteceu.

Há cinco dias no aeroporto de El Prat, na Catalunha, agentes da polícia espanhola entraram armados na aeronave privada em que viajavam alguns familiares de Guardiola, que tinham ido à Inglaterra ver um jogo do Manchester City. Os agentes explicaram que estavam à procura de Carles Puigdemont, político catalão e líder da Generalitat que está em Bruxelas há quatro meses e sobre quem existe uma ordem de detenção.

Esta quinta-feira a ação voltou a repetir-se, de acordo com o jornal 'La Vanguardia'. Os agentes, armados, subiram a bordo da aeronave enquanto os passageiros desciam para a pista, sem dar satisfações a ninguém. Só depois de inspecionarem aeronave é que explicaram que estavam à procura de Carles Puigdemont.

A seguir mandaram parar uma viatura em que seguia a filha de Guardiola e uma pessoa de confiança do técnico, escreve o jornal. Os agentes queriam saber se o líder da Generalitat não estava escondido na viatura.

Estas buscas tornaram-se rotineiras em Barcelona, onde os agentes da autoridade montaram uma autêntica 'caça ao homem'. Há um mandato de captura nacional contra Carles Puigdemont, que será preso assim que for apanhado em solo espanhol.

A Polícia Espanhola explicou ainda que não sabia que nas viaturas e aeronaves inspecionadas viajavam familiares de Guardiola.

O técnico do Manchester City é um acérrimo defensor da independência da Catalunha. Pep Guardiola usa um laço amarelo no casaco, nos jogos do City, em protesto contra a prisão de Oriol Junqueras, Joaquim Forn, Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, políticos catalães que estão em prisão preventiva há mais de 100 dias.

"É algo assustador porque pode acontecer a ti. Se o nível é este... Oxalá possam sair o mais cedo possível e voltar para as suas famílias. Mais de 100 dias são muitos dias. Há pouca humanidade nestas decisões, eles não merecem estar presos", comentou o técnico à TV-3 espanhola, quando questionado sobre as prisões de políticos catalães em Espanha.