O presidente da Liga espanhola de futebol (LaLiga) descartou hoje a possibilidade de o segundo escalão ser excecionalmente disputado por 24 equipas em 2020/21, mais duas do que atualmente, considerando "inviável" a proposta da federação daquele país.

Numa carta enviada ao secretário-geral da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Javier Tebas foi perentório ao afirmar que "a dita proposta é expressamente recusada", afirmando que esta obrigaria a uma "alteração dos estatutos" e teria de ser aprovada em Assembleia-Geral pela maioria dos clubes que integram a LaLiga.

Na mesma missiva, Tebas acrescentou que um aumento do número de equipas, de 22 para 24, mesmo que apenas na temporada 2020/21, "teria consequências nos contratos audiovisuais ou de patrocínio" das competições, tendo ainda criticado a iniciativa da RFEF.

O presidente de LaLiga lembrou que a RFEF não tem competências para propor ou se pronunciar sobre este tipo de matérias, uma vez que está sob administração de uma comissão de gestão provisória, cujas competências se esgotam em atos ordinários de administração ou de gestão do organismo.

Em 31 de julho, o secretário-geral da RFEF, Andreu Camps, propôs à LaLiga uma alteração do formato da II Liga espanhola apenas para a próxima temporada, devido ao imbróglio causado pela partida entre Deportivo da Corunha e Fuenlabrada, que se realizou 18 dias depois do previsto, face aos vários casos de covid-19 na equipa madrilena.

Na altura, Camps considerou que a investigação ao caso não apontava quaisquer indícios de incumprimento das normas sanitárias por parte do Fuenlabrada ou da própria LaLiga, ainda que tenham sido solicitadas mais informações às autoridades, relativamente à viagem da equipa madrilena para a Galiza.

Andreu Camps propôs que, perante esta situação, a II Liga espanhola adotasse um modelo com 24 equipas, excecionalmente na temporada 2020/21, tendo de retomar o modelo anterior, com 22, na temporada 2021/22.

Desta forma, das quatro equipas que estavam em zona de despromoção, apenas seriam relegadas ao terceiro escalão Extremadura e Racing Santander, enquanto Deportivo da Corunha e Numancia permaneceriam na II Liga.