José Mourinho garantiu hoje, na antevisão do centésimo encontro como treinador do Real Madrid, que voltaria a assinar pelo clube da Liga espanhola de futebol, uma vez que a experiência está a torná-lo um «melhor profissional».
«Voltaria a assinar pelo Real Madrid. Estava bem no Inter, mas o Real foi claro nas suas motivações em relação a mim, captei imediatamente que, em algum momento da minha carreira, teria de treinar a equipa para me sentir satisfeito e ter a certeza que estive nos maiores clubes», confessou hoje o técnico português, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo de sábado com o Betis.
Para Mourinho, a experiência na capital espanhola tem coisas positivas e algumas negativas, mas está a ser «inesquecível», ao ponto de estar a fazer de si «um melhor profissional».
Nos 99 jogos oficiais em que orientou os madridistas, o português conseguiu 76 vitórias, 13 empates e saiu derrotado por dez vezes, tendo um registo de 271 golos marcados e 79 sofridos.
«É difícil identificar o melhor e o pior momento. Sendo pragmático, o melhor é quando se ganha um título, como ganhámos, o pior é quando se perde um. De modo geral, gosto mais de analisar e são números bons que nos deixam boas perspetivas de transformá-los em títulos, que é o que perdura na história», esclareceu, prometendo que o seu plantel vai continuar a lutar por troféus.
Esses números fizeram com que, numa sondagem realizada esta semana, Mourinho fosse o segundo treinador mais apreciado pela “afición” madridista depois de Vicente Del Bosque, algo que agradece.
«Estamos a conseguir resultados muito bons, mas com a história que tem o Real Madrid, com treinadores que trabalharam aqui muito mais tempo, parece-me que não mereço tanto. A minha intenção é merecer mais, melhorar os números e conquistar títulos.
Gostava de fazer algo mais para merecer um lugarzinho na história do clube», destacou.
“Mou” relembrou o apoio que teve no ano e meio que leva à frente dos destinos “blancos” e admitiu sentir a confiança do clube “a 100 por cento” para «um projeto e uma ambição» comuns.
«Não tenho nada a apontar à afición, se tivesse de pedir alguma coisa não seria para mim, mas para a equipa ou algum jogador particular quando um jogo não corre bem», concluiu.
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