O central Zé Castro revelou hoje que foi «dificílima» a decisão de se desvincular do Deportivo da Corunha, garantindo que sai «com um carinho muito especial» pelo clube de futebol galego, despromovido à segunda divisão espanhola.
«Quando cheguei ao ‘Depor’, nunca menti. Não disse que era o clube do meu coração, nem seu adepto desde pequeno, pois somos sempre da equipa da cidade onde nascemos, mas agora, sim, vou com um carinho muito especial pelo Deportivo. Pela gente, pelos amigos que fiz aqui, pois não é fácil ganhar amigos no futebol», disse.
O internacional português e o Deportivo rescindiram na segunda-feira, após renovarem na última época um laço que durava desde 2007/08 - o clube esclareceu que assim cumpre «mais uma das exigências da administração judicial», após já ter chegado a acordo para outras saídas, como a de Bruno Gama, que rumou ao Dnipro, da Ucrânia.
«Guardo os momentos bons, alegres, embora as coisas más também serviram para aprender. As etapas terminam, mas tenho um respeito e admiração muito grandes pelos dirigentes do clube», desabafou o atleta, que disputou 24 desafios a época passada, 20 como titular, e que se escusou a revelar os detalhes do acordo.
Zé Castro elogiou o «melhor balneário» que encontrou na carreira e revelou compreensão pela decisão diretiva: «O clube pode o que pode neste momento. Precisava de acertos para contratar outros jogadores que entendia necessários para construir uma equipa. Para onde quer que vá, serei mais um adepto a torcer para que regresse à primeira divisão».
O central luso admitiu que ainda não sabe onde vai continuar a carreira, assumindo que «as equipas atravessam um momento complicado economicamente».
«Tenho de tomar uma decisão. Também pode ser bom sair e conhecer outras culturas, não sei», comentou.
Em julho, o clube correu o risco de descida à III divisão, pela via administrativa, face a denúncias de dívidas aos jogadores.
«Toda a gente fala de futebol e 99 por cento das coisas não são verdade. Os jogadores do ‘Depor’ sempre se comportaram de forma incrível e jamais alguém disse algo que pudesse fazer com que o clube ficasse em perigo», concluiu.
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