O treinador do FC Barcelona, Xavi Hernández, aproveitou a conferência de imprensa de lançamento da partida dos catalães do próximo sábado diante do Alavés, para explicar quais os motivos que o levaram a anunciar a sua saída do comando técnico dos 'blaugrana' no final da época.
Segundo o técnico catalão, as razões não estarão relacionadas com as críticas por parte da imprensa, ou de desgaste mental, mas simplesmente por não conseguir alcançar os objetivos traçados para a equipa este ano.
"Se os objetivos não forem atingidos, tenho de me ir embora. Sempre vos disse isso. Quando cheguei, fizemos uma boa época e o objetivo foi muito bem alcançado, com a possibilidade de lutar pela LaLiga. O segundo ano foi muito bom, mas neste não estamos a corresponder às expectativas, embora ainda não tenha terminado e possamos competir por dois títulos [LaLiga e Liga dos Campeões]. Quando os objetivos não são atingidos... foi por isso que tomei a decisão. Não me vou embora por causa da imprensa ou por causa da minha saúde mental, é porque os objetivos não foram atingidos. O clube precisa de uma mudança para o seu bem", afirmou Xavi.
Na mesma conferência de imprensa, o treinador dos 'culés' criticou o pesado calendário da sua equipa, defendendo que nenhuma outra equipa no mundo teve a sequência de jogos que teve o 'Barça', e que tal terá contribuído para algumas lesões de jogadores.
"As viagens acumularam-se, com muitos jogos fora, pouco tempo para descansar. Jogando de três em três dias, mal se pode treinar. Foi o pior calendário, nenhuma equipa na Europa ou no mundo teve este tipo de calendário e isso explica as lesões. Mas durante a época não tivemos tantas, também temos uma situação infeliz. Não conseguimos descansar o suficiente para competir bem"
Xavi aproveitou ainda para lançar algumas farpas ao rival Real Madrid, considerando que os 'merengues' estarão a ser ajudados pela arbitragem esta temporada, algo que já tinha sido defendido pelo presidente do Barcelona, Joan Laporta.
“Real Madrid? Já disse que não gosto que os árbitros sejam condicionados. Acho que isso adultera a competição e os árbitros são condicionados. O caso Negreira não nos ajudou. É uma realidade, mas temos de competir com ela. Partilho a cem por cento as palavras do presidente", sublinhou.
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