Declarações de Fernando Santos, selecionador de Portugal, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com a Espanha, da 6.ª jornada da Liga das Nações.
Jogar com dois resultados muda alguma coisa? "Não muda nada… há três dias só se falava em ganhar e ganhar e ganhar a República Checa e hoje é isto. Se fizemos o que temos de fazer, vamos estar mais perto da vitória. Se estivermos focados em todos os momentos do jogo perante qualquer adversário, com mais ou menos nome, com mais ou menos qualidade,- e a Espanha tem muita qualidade e não vai mudar nada -, estamos mais perto de chegar onde queremos. Estamos agressivos, estamos focados na forma como vamos jogar como sempre".
Vai haver mudanças? "Não temos problemas físicos, a única questão era o Danilo, que já explicou que tinha de se precaver. O único em dúvida era o João Félix, tem treinado bem, não apresenta limitações. Tenho 25 jogadores para utilizar, dois ficarão de fora, é a lei do futebol".
Confiança: "A confiança nos jogadores mostro quando os convoco. Convoco porque tenho confiança neles. Quer dizer que podem jogar a qualquer momento. A cada jogo vou decidir perante o jogo o que é melhor, se é um jogador mais assim ou assado. Não tem que ver com o que sei da qualidade deles. Se achasse que não tinham qualidade para jogar na seleção haveria algo de errado. Nunca chamei um jogador para fazer número. É como nos clubes. Durante uma época há uns que vão jogar mais e outros menos. Agora não posso é meter todos a jogar, isso é impossível".
Espera uma Espanha ferida no orgulho? "É uma seleção que joga sempre para ganhar, o padrão de jogo é o mesmo, com variantes tendo em conta os jogadores… mas a filosofia e conceitos a atacar e a defender, as transições, é tudo sempre igual. É uma equipa que joga sempre de forma igual e Portugal tem de fazer da sua forma, com respeito para com o adversário. A única coisa que muda em relação à República Checa é que jogam com três centrais, dois laterais projetados, três avançados e a Espanha joga em 4-3-3 clássico. Temos de entender isto. Mas é neste aspeto. Temos de manter a nossa forma de jogar, evoluir e estarmos cada vez mais focados".
Os Europeus estão atrás de Argentina e Brasil para o Mundial? "Amanhã jogamos com a Espanha. Não vou falar do Campeonato do Mundo. Percebo a pergunta, mas tem de me fazer a pergunta no momento certo. Estou aqui hoje para falar do jogo com a Espanha. Quando for para falar do Campeonato do Mundo, falo."
Pressão de vencer: "A motivação é a de poder chegar a uma final e poder vencer, não há pressão extra. Estes jogadores têm pressão em todo o lado, mas não temos de estar mais pressionados. Felizmente temos conseguido resultados, daí a pressão de ganhar".
Cristiano Ronaldo teve trabalho específico por falhar parte da pré-época? "Não, não obrigou a nada. Em termos de habitat natural, acho que quando se está no que se sente que é uma missão, todos estão confortáveis. É um ambiente confortável, é como estar em casa. Nesse aspeto não há nada. Percebo a pergunta, mas o que encerra é isto e não mais do que isso. Todos os que cá estão e gostariam de cá estar… Não é no Catar, é aqui mesmo. O que forem vão-se sentir bem, os que não forem, se calhar vão sentir alguma injustiça. Este é um ciclo que aconteceu muitas vezes. Saíram muitos, entraram outros… O Mário Rui teve um período sem cá vir, mas chegou cá como se estivesse sempre estado cá. Confio nele. É assim. Todos se sentem confortáveis. Somos uma família."
Críticas ao selecionador de Espanha: "É normal. Vai sempre criticar-se. Quando o Luís Enrique ganhava e jogava bem, toda a gente dizia que era o maior. Quando se perde, já não é. É assim nas seleções e nos clubes e em todo o Mundo".
Espanha e Portugal não treinaram no relvado: "Espero que esteja bom. Quer eu, quer o Luís optámos por não treinar no relvado, para preservar. Há lá muitos homens a trabalhar para pôr o relvado em questão. Para estas duas equipas é importante ter um campo em condições"
Portugal recebe esta terça-feira a Espanha em Braga, a partir das 19h45. Os lusos lideram a ‘poule’ A2 da Liga das Nações, com 10 pontos, contra oito da Espanha, a Suíça é terceira, com seis, enquanto os checos são últimos, com quatro.
A formação das ‘quinas’, vencedora da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, ao bater na final os Países Baixos, precisa de vencer o agrupamento para chegar à ‘final four’ da terceira edição, sendo que a segunda foi conquistada pela França, numa final com a Espanha, em 2021.
Os quatro vencedores dos grupos da Liga A qualificam-se para a fase final, que inclui meias-finais, final e partida de atribuição do terceiro lugar. A ‘final four’ da terceira edição da prova será realizada em junho de 2023.
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