
Portugal conquistou, este domingo, o terceiro título da sua história, ao derrotar, na final da Liga das Nações, uma Espanha que não perdia há dois anos.
Depois do eterno Euro2016, em França, o primeiro título de sempre, e de 2019, na primeira edição da Liga das Nações, no Porto, a seleção nacional voltou alevantar um troféu, agora em Munique, perante um adversário que tem sido dominador.
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A Espanha chegou ao Allianz Arena como campeã europeia e detentora do título da Liga da Nações e, além disso, levava um registo de 24 jogos sem perder em jogos oficiais, com o último desaire a acontecer na Escócia (2-0), em 2023, no caminho para o Europeu do ano passado.
A ‘La Roja’ tem sido dominadora sob o comando de Luis de la Fuente, a que muito tem contribuído a ascensão meteórica de Lamine Yamal que, com apenas 17 anos, promete marcar o futebol mundial nas próximas duas décadas.
A Espanha chegou a esta final com um triunfo por 5-4 sobre a França, numa partida em que foi dominante, embora tenha permitido, por relaxamento, uma quase recuperação gaulesa, enquanto Portugal aparece mais motivado que nunca.
Depois de rumores que duvidavam da continuidade do selecionador Roberto Martínez, a equipa das ‘quinas’ fez história ao vencer a Alemanha (2-1), algo que não acontecia há 25 anos, e somou apenas a sua segunda vitória em solo germânico, depois de 1985.
Além do triunfo histórico, a seleção nacional fez, provavelmente, a melhor exibição sob o comando de Roberto Martínez, num jogo em que foi bem mais forte que os germânicos na sua própria casa.
Esta foi a primeira final de sempre entre Portugal e Espanha, com a seleção lusa a chegar ao segundo triunfo nas seis vezes que encontrou o rival ibérico em jogos de fases de finais.
Cristiano Ronaldo finalmente marca numa final
Destaque para Cristiano Ronaldo que, aos 40 anos, marca finalmente numa final com a camisola das ‘quinas’, depois de ter ficado em branco no Euro2004, perante a Grécia, no Euro2016, frente a França, e em 2019 na Liga das Nações, no Porto, no duelo com os Países Baixos.
Até agora, o capitão da seleção lusa tinha marcado sempre nas meias-finais das provas em que Portugal chegou à final, como fez diante da Alemanha na 4.ª feira, mas nunca tinha marcado no jogo decisivo. Uma malapata que quebrou hoje.
Há seis anos, numa ‘final four’ disputada em Portugal, Cristiano Ronaldo emergiu como o grande artífice da qualificação para a decisão da primeira edição da Liga das Nações, ao assinar, no Estádio do Dragão, o ‘hat-trick’ com que a seleção nacional derrotou a Suíça (3-1). Contudo, na final, foi Gonçalo Guedes que garantiu o triunfo sobre os Países Baixos (1-0).
‘CR7’ atingiu a primeira final no Euro2004, realizado em solo luso, mas de má memória para o povo português, face à derrota com a Grécia (0-1), então já com o jovem madeirense como titular da equipa comandada por Luiz Felipe Scolari.
Depois de ter iniciado o torneio continental como suplente nos dois primeiros jogos - inclusive marcando na estreia, igualmente num desaire com os helénicos (1-2) – o jogador mais internacional de sempre contribuiu com um golo para a vitória sobre os Países Baixos (2-1), nas meias-finais, ficando em ‘branco’ na decisão.
Doze anos se passaram até Portugal voltar a nova final, igualmente num Campeonato da Europa, mas em França, em 2016, este já bem preservado no ‘baú’ das melhores recordações da seleção nacional, uma vez que terminou com a conquista do troféu.
Nessa edição, o atual jogador dos sauditas do Al Nassr assinou três golos, dois dos quais com a Hungria (3-3), na fase de grupos, e o outro nas meias-finais, perante o País de Gales (2-0), em Lyon, onde Nani ‘faturou’ o outro tento da equipa das ‘quinas’.
O golo de Éder, quatro dias depois, no Stade de France, assegurou a maior conquista da história da seleção (1-0), ante os anfitriões, num encontro em que o capitão português não só não marcou como ainda se lesionou na primeira parte, sendo retirado de maca, aos 25 minutos, devido a uma entrada de Dimitri Payet.
Hoje CR7’ disputou a sua quarta final por Portugal: três vitórias e uma derrota. Esta foi a 1.ª conquista do avançado de 40 anos, desde 2021, quando ganhou a Taça de Itália pela Juventus.
Pelo Al Nassr, chegou a disputar, em 2023, a final da Taça dos Campeões Árabes, em que até marcou os dois golos da vitória sobre o Al Hilal (2-1), então orientado por Jorge Jesus, mas esta é uma prova que não é oficial, uma vez que a FIFA não reconhece o organizador, no caso a União das Associações Árabes de Futebol (UAFA).
*Com Lusa
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