Portugal não foi além de um empate a zero em Glasgow diante da Escócia. Apesar de ter mais bola e de controlar a partida, a equipa portuguesa não mostrou engenho para ultrapassar uma formação escocesa compacta e bem organizada.

Este resultado, a juntar ao empate da Polónia com a Croácia, adia a confirmação do apuramento para os quartos de final da Liga das Nações.

Valha-nos Varsóvia

Em comparação com o jogo em Varsóvia, Roberto Martínez mexeu em todos os setores. Na defesa, Dalot e Renato Veiga deram os seus lugares a Cancelo e António Silva. No meio-campo Palhinha e Vitinha substituíram Rúben Neves e Bernardo Silva, enquanto que no ataque, Francisco Conceição e Diogo Jota ocuparam os lugares de Pedro Neto e Rafael Leão.

Nos primeiros minutos percebeu-se que a construção lusa a partir da defesa era feita a três, com Palhinha a juntar-se aos centrais, permitindo a projeção de Dalot e Nuno Mendes. Contudo, o primeiro grande lance de perigo foi dos escoceses, McTominay tentou fazer o mesmo que fez na Luz, mas o cabeceamento acabou nas mãos de Diogo Costa.

Portugal não demorou a responder com Cristiano Ronaldo a testar a atenção de Craig Gordon após uma recuperação em zona adiantada do terreno. Com avançar do relógio, a equipa das quinas foi tomando conta das operações, procurando furar o bloco escocês mormente pela direita, através de Francisco Conceição e João Cancelo.

A equipa da casa apenas através de lances de bola parada chegava perto da área de Diogo Costa, que segurou o remate de Christie após livre lateral.

A meio da primeira parte a partida arrefeceu, muito devido às constantes interrupções; a boa notícia vinha, não de Glasgow, mas de Varsóvia, onde a Croácia vencia a Polónia, um resultado que, mesmo com o empate, garantia a qualificação de Portugal para os quartos de final.

Era esta a única boa notícia ao intervalo, após uma primeira parte onde a equipa portuguesa dominou, mas nada fez para merecer mais do que um cinzento nulo.

Outros intérpretes, a mesma música

Para a segunda parte Roberto Martínez não fez substituições mas mexeu na equipa. Bruno Fernandes recuou no terreno, para apoiar as saídas de Vitinha, uma mudança que quase dava resultados imediatos aos 47 minutos; Diogo Jota foi lançado por Vitinha na esquerda e o cruzamento encontrou Ronaldo no coração da área, mas o cabeceamento saiu por cima, naquela que foi a primeira grande oportunidade lusa no jogo.

Para além das mudanças táticas, a equipa portuguesa mostrava-se mais agressiva na pressão e recuperação de bola, exemplo foi o lance que deixou Francisco Conceição perto do golo, mas o remate do extremo com o pé direito foi para as nuvens.

À hora de jogo, Martínez decide mexer, fazendo entrar Rafael Leão, Rúben Neves e Bernardo Silva para os lugares de Jota, Palhinha e Francisco Conceição. Portugal recuperava o mesmo sistema usado em Varsóvia, com Nuno Mendes a compor um trio juntamente com os centrais, e Rúben Neves a juntar-se a Vitinha no miolo.

Portugal empurrava a Escócia para junto da sua área, mas não conseguia encontra um caminho para a baliza de Gordon, circulando a bola de um flanco para o outro, mas sem capacidade de penetração. Por seu lado a equipa da casa ia ganhando confiança, conseguindo mesmo assustar Diogo Costa com duas saídas rápidas.

Com o avançar do relógio a equipa portuguesa foi tentando de tudo um pouco para marcar, levando mesmo Rúben Dias para a frente de ataque. Mas a melhor oportunidade chegou com a bola no chão; Leão entrou pela esquerda e serviu Bruno Fernandes, que apenas não marcou graças a uma grande defesa de Gordon.

Apesar do empate, Portugal mantém a liderança do grupo A1, agora com dez pontos, com mais três pontos que a Croácia, e seis que a Polónia.