
Roberto Martínez, selecionador nacional, voltou a reconhecer que Portugal fez uma má exibição na Dinamarca, mas garantiu que sente o apoio de todos na Federação e lembrou que "o adversário é a Dinamarca, não a pressão de fora". O espanhol avançou também que Bernardo Silva vai, desta feita, ser titular.
Lugar em risco depois da má exibição na Dinamarca: "Primeiro, diria que a nossa exibição contra a Dinamarca foi uma má exibição, mas contra uma equipa forte, que jogou bem. São agressivos, com pressão alta. O segundo jogo é em casa, porque ficamos em primeiro no grupo, uma equipa que ficou à frente da Croácia, que ganhou a França. Precisamos de avaliar. Amanhã jogamos em casa. Alvalade esgotado, são os jogos que gostamos e temos orgulho de jogar. Precisamos de melhorar muito, mas é ajustar o que fizemos em novembro. Na Dinamarca não mostrámos a nossa identidade, não tivemos intensidade. O nosso jogo é amanhã e estamos a falar dos quartos de final da Liga das Nações".
Sob pressão? "Comecei a treinar em 2007, perdi o cabelo, mudaram muitas coisas. Mas faz parte da minha posição. Quero o melhor para Portugal. Pressão? Muita, a minha. O desempenho com a Dinamarca não esteve ao nosso nível. Pressão máxima, não de fora. Somos uma equipa fechada e forte e temos o apoio de todos na FPF. O adversário é a Dinamarca, não a pressão de fora".
Ronaldo muito sozinho na frente: "Eu acho que nos últimos 27 jogos já fizemos isso. A nossa equipa é muito flexível. O Jota já lá jogou e o Ramos também. Mas não é uma questão do Ronaldo ter estar em todos os jogos e que quando marca é o melhor e se não marcar é por causa da idade."
Houve falta de agressividade em Copenhaga, não de atitude: "São coisas totalmente diferentes. Uma é compromisso de trabalho e dar tudo por vestir a camisola - e os nossos jogadores fazem isso exemplarmente. Outra coisa é que na Seleção, a distância entre o estágio de novembro e março mostra falta de comunicação, de poder ter interpretação correta. E no jogo da Dinamarca não conseguimos dar resposta à pressão que a equipa nos causou. O ano passado aconteceu a mesma coisa quando perdemos num amigável frente à Eslovénia."
Segredo para dar a volta à eliminatória: "É importante mostrar a nossa identidade e sermos nós próprios. Na Dinamarca não conseguimos criar oportunidades. Com bola não mostrámos a nossa superioridade no último terço. Há muitos aspetos que precisamos de ajustar. De realçar que amanhã é um dia muito especial porque o Bernardo Silva pode fazer 100 internacionalizações e contamos com toda a experiência dele. É um jogador exemplar daquilo que é o futebolista português e que amanhã vai ajudar-nos muito."
Qualidade dos jogadores devia obrigar a melhores exibições?: "Nós queremos a perfeição, mas o futebol não é isso. Tivemos jogos muito completos e momentos mais difíceis. O nosso apuramento para o Euro foi perfeito, ganhámos os jogos todos - histórico, algo que nunca tinha acontecido. No Euro o melhor jogo foi contra a França. Aconteceu que a equipa cresceu durante o torneio e acabou por perder nos penáltis. Agora fomos os primeiros do grupo da Liga das Nações e podemos festejar o acesso à meia-final frente aos nossos adeptos, depois de um mau desempenho. Por isso, o balanço deve ser feito no total dos 27 jogos e não só pelo que se passou em Copenhaga."
Bernardo Silva vai jogar de início: "Vai estar no onze. Apenas tentámos gerir o seu cansaço em 72 horas. Amanhã é um dia especial para ele e é a celebração de uma grande carreira."
Comentários