Desde que, em 2008/2009, Pep Guardiola assumiu o comando da formação principal, proveniente da equipa B, o “Barça” passou a jogar um futebol “nunca visto”, assente na posse de bola e denominado “tiki taka”.
Sob a liderança dos “maestros” Xavi Hernandez e Andrés Iniesta, os catalães tornaram-se os donos da bola e, com ela, encantaram, tornando-se demolidores e extremamente difíceis de bater, graças também a um jogador ímpar, Lionel Messi.
A qualidade do FC Barcelona e de Messi tornaram-se tão marcantes que se começou a falar, a questionar, se equipa e jogador não seriam, mais do que os melhores da atualidade, os melhores da história do futebol.
A “era” Guardiola já terminou, mas o “Barça” 2011/2012 não mudou muito com Tito Vilanova, o ex-adjunto de Pep, antevendo-se que o ciclo de sucessos continue, em Espanha e na Europa.
Ainda com Rijkaard, os catalães conquistaram o seu segundo título europeu em 2005/2006 e, com Guardiola, dobraram a contagem, ao vencerem a Liga dos Campeões em 2008/2009 e 2010/2011, sempre em finais com o Manchester United.
Neste período dos três cetros do “Barça”, nenhuma equipa logrou sequer “bisar”, com os restantes títulos a caírem para AC Milan (2006/2007), Manchester United (2007/2008), Inter de Milão (2009/2010) e Chelsea (2011/2012).
De resto, os catalães são a equipa com mais presenças nas meias-finais na “era Champions” (desde 1992/93), não falhando esta fase desde 2006/2007.
Para continuar na sendo dos êxitos em 2012/2013, o “Barça” manteve a estrutura base dos últimos anos, perdendo apenas o médio maliano Keita, que nem sequer tinha o estatuto de titular, além de Eric Abidal, ainda afastado devido a um transplante de fígado.
Ainda assim, a equipa não está mais fraca, pois contratou o polivalente Alexander Song (ex-Arsenal) e ainda o lateral esquerdo Jordi Alba (ex-Valência), um produto da “cantera” do “Barça” que brilhou na fase final do Euro2012.
Vilanova, que tem apostado mais em extremos puros do que Pep, também já pode contar com o avançado David Villa, ausente desde dezembro do ano passado, sendo que Cristian Tello também está a ter mais protagonismo e está para surgir o “fenómeno” Deulofeu.
Para o embate de terça-feira, o “Barça” não estará na máxima força, já que são certas as ausências dos centrais Carles Puyol e Gerard Piqué, com Andrés Iniesta também em dúvida.
Ainda assim, o “onze” de Tito Vilanova surgirá muito motivado, depois de domingo ter conseguido o sexto triunfo em outras tantas jornadas da Liga espanhola e após mais uma reviravolta, desta vez de 0-2 para 3-2 e num palco muito difícil (Sevilha).
O “Barça”, que esta época também já ganhou nos redutos de Osasuna e Getafe, mostrou que, além de muita classe, também tem um grande coração, conseguindo, sem brilhar, um triunfo dramático, selado com um “bis” de Cesc e um tento de Villa.
Na presente temporada, os catalães só não ganharam, aliás, um encontro, a segunda “mão” da Supertaça espanhola: perderam 2-1 com o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, onde jogaram reduzidos a 10 unidades desde os 28 minutos.
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