O campeão Bayern de Munique e os “colossos” espanhóis Barcelona e Real Madrid são os grandes favoritos a disputar a final da Liga dos Campeões de futebol no Estádio da Luz, enquanto FC Porto e Benfica procuram um “milagre”.

Depois de ter conquistado tudo na época passada, incluindo o campeonato alemão e a Taça da Alemanha, o Bayern de Munique procura reescrever a história e tornar-se a primeira equipa a revalidar o título na principal competição europeia de clubes desde que assumiu o formato de Liga dos Campeões, no jogo decisivo da prova, a 24 de maio de 2014, em Lisboa.

A equipa alemã, que começa na terça-feira a defender o cetro frente ao CSKA de Moscovo, substituiu no comando técnico Jupp Heynckes, o “arquiteto” de uma temporada histórica, pelo espanhol Pep Guardiola, que levou o Barcelona à conquista de duas Ligas dos Campeões (2009 e 2011), mas os dois maiores rivais também trocaram de treinador.

O FC Barcelona viu-se obrigado a substituir Tito Vilanova, por questões de saúde, pelo argentino Tata Martino, que, aos 50 anos, enfrenta a primeira experiência no futebol europeu, enquanto o Real Madrid preencheu o lugar deixado vago pelo português José Mourinho, que regressou ao Chelsea, pelo italiano Carlo Ancelotti.

Nos três anos que esteve em Madrid, Mourinho falhou o grande objetivo do clube, recordista de triunfos da competição, com nove títulos: a conquista da 10.ª taça, que persegue há mais de uma década, tendo para isso pagado ao Tottenham um valor a rondar os 100 milhões de euros (ME) pelo galês Gareth Bale, próximo dos 94 ME gastos para contratar o português Cristiano Ronaldo em 2009, a mais cara transferência do futebol mundial.

Apesar de ter tido uma participação mais modesta no mercado de transferências, o Barcelona também abriu os “cordões à bolsa” para contratar o avançado brasileiro Neymar, por 57 ME, enquanto o Bayern de Munique foi ainda mais modesto, contratando o médio Mario Götze ao rival Borussia de Dortmund por 37 ME.

Apesar de ter atingido a final do ano passado, que “vendeu caro” aos compatriotas, perdendo por 2-1 com um golo sofrido aos 89 minutos, a equipa de Dortmund está um patamar abaixo em matéria de favoritismo, em conjunto com outros “pesos pesados” do futebol continental, como Manchester United, Juventus, AC Milan e Chelsea, e aos quais falta apenas o Inter de Milão.

Com Mourinho de regresso ao banco “blue”, o Chelsea procura repetir a proeza de 2012, quando conquistou a sua primeira e única liga “milionária” com um triunfo sobre o Bayern de Munique, em plena Arena de Munique, e continuar na rota dos troféus europeus pelo terceiro ano seguido, depois de na época passada ter erguido a taça da Liga Europa graças ao triunfo sobre o Benfica na final.

O clube lisboeta, tal como o FC Porto, terá muita dificuldade em beneficiar do “fator casa” no “assalto” ao terceiro título, que procura juntar aos conquistados nos longínquos anos de 1961 e 1962, pois, apesar de ter integrado o lote dos cabeças de série no sorteio da fase de grupos, terá de ultrapassar aqueles “gigantes” e outros de menor estatura.

Do campeão português, também em busca do terceiro troféu e igualmente integrado no lote de pré-designados para a primeira fase da prova, não é esperado que consiga reeditar o feito de 2004, quando se tornou no único clube luso a vencer uma Liga dos Campeões com tem moldes muito diferentes da antecessora Taça dos Clubes Campeões Europeus, que os “dragões” ergueram em 1987.