O Benfica protagonizou, esta terça-feira, a melhor exibição da fase de grupos da Liga dos Campeões e venceu o Zenit por 3-0. Com este resultado, as águias seguem para os 16 avos de final da Liga Europa.
Na despedida do Benfica da fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica sabia que dependia de si para chegar aos 16 avos de final da Liga Europa. Para lá chegar, as águias estavam obrigadas a vencer o Zenit por 2-0 ou por três ou mais, se sofrerem um golo – o que desempataria o confronto com os russos -, ou até por 1-0, mas apenas se o Lyon perder na receção ao Leipzig.
Já em relação à equipa russa, até uma derrota podia chegar para assegurar a qualificação. Também por isso, os ouvidos também estavam em França, onde Lyon e Leipzig mediam forças.
O Benfica procurava a quarta vitória frente ao Zenit, no novo embate entre as duas equipas. Sem André Almeida, indisponível por razões físicas, Bruno Lage fez uso da máxima: 'Equipa que ganha, não se mexe', mantendo o onze que goleou o Boavista no Bessa, com Tomás Tavares no lado direito e com Taarabt e Gabriel no eixo central.
Essa dupla no miolo acabou por ser uma das chaves da partida frente aos russos, com o Benfica muito esclarecido na primeira fase de construção e a chamar para si o controlo da bola, perante um Zenit a jogar em bloco baixo e na expetativa à espera do que podia fazer a equipa de Bruno Lage.
Embora com mais bola, os encarnados não conseguiram criar grande ocasiões na primeira parte, onde faltou definição no último terço, com Vinícius demasiado isolado na frente, perante o compacto eixo central da equipa montada por Sergei Semak.
O primeiro apontamento da partida saiu do pé de Taarabt, um dos melhores em campo da noite fria na Luz.
Com dificuldade de penetração nas fases mais adiantadas do terreno, o Benfica tentava fazer uso dos remates de meia distância. À passagem do minuto 16´, os encarnados cheiraram o golo num pontapé de Pizzi a passar muito próximo da barra da baliza à guarda de Kerzhakov. Quase de seguida foi Chiquinho, em nova recuperação de bola dos encarnados, a estar perto do primeiro, em novo remate à entrada da área.
Só nos últimos minutos da primeira parte, é que o Zenit através de transições se mostrou, isto através dos dois homens da frente: Dzyuba, um autêntico tanque de bola no pé, e Azmoun, o virtuoso jogador iraniano, que ao minuto 37´, teve o golo nos pés num remate em arco, depois de servido pelo russo.
Na segunda parte, tudo foi diferente, e Bruno Lage nem teve que mexer. O golo dos encarnados chegou logo a abrir, numa jogada iniciada por Vinícius e finalizada por Cervi, depois de um cruzamento de Pizzi.
O golo deu confiança à equipa de Bruno Lage, que mais solta, circulava com fluidez, com a equipa russa atrás da linha da bola. O 2-0 chegou ao minuto 63´, numa grande penalidade. Douglas Santos colocou a mão à bola, levou o segundo amarelo e foi expulso. Na conversão, Pizzi enganou Kerzhakov e dilatou a vantagem encarnada.
Com o Benfica com a Liga Europa no bolso, era o Zenit que tentava ir à procura do golo, embora o resultado no outro encontro se lhe fosse favorável para a qualificação. A vertigem russa abria espaços nas costas da defesa, e o Benfica tentava aproveitar nas transições e podia ter dilatado primeiro aos 63´por Cervi, e aos 78´, por Vinícius, com os dois jogadores a terem tudo para marcar. Na sequência do lance, o 3-0 apareceu mesmo. Depois de um pontapé de canto, o infeliz Azmoun atirou a bola para a própria baliza.
Nos últimos minutos aumentou a tensão na Luz. Chegava a notícia do golo do Lyon, o significava que o Zenit estava fora da próxima fase da Liga dos Campeões, mas poderia chegar à Liga Europa, caso marcasse um golo na Luz. Minutos finais de nervos, com as águias a tentarem gerir e com os russos desesperadamente à procura do golo.
O Benfica acabou por manter a baliza inviolada e assegurou presença nos 16 avos de final da Liga Europa.
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