O FC Porto teve sorte grande no sorteio da Liga dos Campeões. Para além de ter evitado os ‘tubarões’ do pote 1, conseguiu entrar num grupo de dificuldade reduzida face às restantes equipas portuguesas. Emparelhado com Leicester City, Cercle Brugge e Copenhaga, os dragões são até visto por algumas pessoas como os favoritos a vencer o Grupo G.
Na estreia na liga milionária deste ano, os azuis e brancos enfrentam os campeões dinamarqueses do Copenhaga. Com um novo modelo tático na calha, Nuno Espírito Santo aparenta ter argumentos mais do que suficientes para se superiorizar à formação nórdica.
Frente ao Vitória de Guimarães, o técnico lançou dois avançados e soltou Óliver Torres e Otávio para ditarem a forma de jogar da equipa. Os dois médios são os responsáveis pela condução de bola e pela construção de grande parte do jogo feito pelo FC Porto.
Depoitre e André Silva estiveram juntos na frente pela primeira vez. A dupla inédita pode até nem ter marcado na vitória por 3-0, mas deram bons indícios de que o modelo pode voltar a ser utilizado esta quarta-feira. Perante um adversário que deve baixar linhas para tentar impedir o FC Porto de jogar à vontade, o treinador do FC Porto pode apostar no gigante belga para tentar dificultar a vida à defesa dinamarquesa enquanto liberta André Silva para outro tipo de manobras.
No entanto, Nuno Espírito Santo pode voltar a alterar a forma de jogar do FC Porto. O treinador já vai no quarto esquema tático esta temporada e, até agora, só por uma vez foi derrotado (Alvalade frente ao Sporting por 2-1). Com efeito, o 4-3-3 clássico que tem sido uma constante no Dragão nos últimos anos volta a ganhar força.
Herrera está de volta às opções depois de ter sido poupado frente ao Vitória de Guimarães e deve retomar a titularidade. Com André André em boa forma e a merecer a aposta do treinador, sobra apenas um lugar na posição mais defensiva do meio-campo. Danilo Pereira e Rúben Neves surgem como opções para a posição 6 com o campeão europeu ligeiramente na frente.
O sector defensivo do FC Porto é o que menos dúvidas traz para Nuno Espírito Santo. Layún e Alex Telles devem assumir as laterais enquanto que o centro da defesa tem sido entregue a Felipe e Marcano. O central brasileiro que chegou esta temporada vai fazer a estreia na Liga dos Campeões depois de já ter marcado frente à Roma no play-off de acesso a esta fase.
Do norte chega um adversário que quer gelar o Dragão
O Copenhaga chega à fase de grupos da Liga dos Campeões com a etiqueta de ‘outsider’. Perante FC Porto e Leicester (candidatos à passagem), os dinamarqueses estão à espera de concretizar uma surpresa a começar pelo jogo no Estádio do Dragão.
A formação campeã da Dinamarca chega a Portugal com ideia de que o FC Porto vai assumir o controlo do jogo, mas é nos momentos de desequilíbrio que o Copenhaga pode causar perigo. Para tal, a equipa de Stale Solbakke aposta na velocidade de Santander. O internacional pelo Paraguai é a grande referência do ataque nórdico e já definiu o objetivo para o jogo do Dragão: marcar um golo a Iker Casillas.
A história de confrontos entre as duas equipas é inexistente. O jogo do Dragão vai ser a primeira vez que as duas formações se encontram no relvado em jogos oficiais. Em termos de experiência, a vantagem é clara a favor do lado português. A equipa de Nuno Espírito Santo é uma das mais presentes em fases finais da competição e vai realizar o jogo 200 na Champions.
Na conferência de imprensa de antevisão, o treinador do FC Porto afirmou que apesar do favoritismo não há lugar para faltas de concentração. O Estádio do Dragão tem de ser uma fortaleza para todos os adversário e o trabalho é a ordem do dia para levar de vencida o Copenhaga.
FC Porto e Copenhaga abrem a primeira jornada do grupo G da Liga dos Campeões. Às duas equipas juntam-se ainda o campeão da Bélgica, Cercle Brugge, e o campeão da Premier League, Leicester City.
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