O Borussia Dortmund venceu hoje na receção ao Paris Saint-Germain por 1-0, na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões de futebol, porque fez um grande jogo, que devia ter terminado com 3-2 ou 4-3, e foi melhor.

A equipa alemã foi claramente superior na primeira parte, porque foi mais agressiva, mais intensa, porque ganhou a maioria dos duelos individuais e foi mais objetiva na procura do golo perante um Paris Saint-Germain (PSG) que dividiu a posse de bola, mas com pouca progressão e capacidade para romper a coesão do bloco defensivo germânico.

O golo surgiu tarde, aos 36 minutos, pelo ponta de lança Nicklas Fullkrug, que se desmarcou no momento certo para um lançamento longo de Nico Schlotterbeck, da sua defesa, que surpreendeu a defesa francesa, isolando-se e batendo o guarda-redes italiano Gianluigi Donnarumma.

O PSG bem pode agradecer a este o facto de não ter ido para o intervalo com 2-0, quando evitou aos 43 minutos que Sabitzer fizesse o segundo golo com uma defesa sensacional, daquelas que valem pontos.

Na segunda parte, o PSG acordou finalmente, a pôr velocidade e agressividade no seu jogo, o que logo deu frutos, com Kylian Mbappe e o marroquino Achraf Hakimi a remataram ao poste, ambos na mesma jogada.

O jogo começou a partir-se e as oportunidades sucederem-se junto às duas balizas, com o médio espanhol Fábian Ruiz, aos 55 minutos, a desperdiçar uma oportunidade soberana, a rematar ao lado de cabeça nas costas da defesa alemã.

Cinco minutos volvidos foi a vez de Jadon Sánchez, que fez uma grande exibição, a fazer ‘gato sapato’ do português Nuno Mendes e a ir à linha oferecer o segundo golo a Fullkruk, que rematou por cima da barra à entrada da pequena área, com todas as condições para fazer golo.

As oportunidades sucediam-se, aos 63 minutos foi Fullruk a cabecear todo torto, aparentemente desviado pelas mãos de Nuno Mendes nas suas costas, com reclamações de penálti, aos 71 foi Ousmane Dembelé, isolado por Mbappé, a falhar o empate, com o mesmo jogador a falhar o 1-1 à entrada da área, num lance iniciado com um lançamento soberbo de Vitinha, a isolar Hakimi no flanco direito.

Com o jogo totalmente partido, novo golo poderia ter caído para qualquer dos lados, com Sancho a oferecer a Brandt o 2-0, evitado ‘in-extremis’ por Marquinhos, aos 84 minutos, e com Fabian Ruiz a falhar escandalosamente o 1-1, de cabeça, na área, após um passe precioso de Vitinha.

O Dortmund foi melhor coletivamente e mereceu a vitória, a despeito da subida de rendimento do PSG, que tem melhores individualidades, na segunda parte.

Os internacionais lusos Vitinha e Nuno Mendes foram titulares no PSG, Danilo Pereira e Gonçalo Ramos não saíram do ‘banco’, mas ficou a sensação de que este último devia ter sido a opção para entrar na segunda parte, visto que o avançado francês Kolo Muani, escolhido por Luís Enrique, entrou mal no jogo e nunca se recompôs.

Esta vitória tangencial dos alemães deixa tudo em aberto para a segunda mão, em Paris, dentro de uma semana.

O Borussia Dortmund persegue a segunda ‘Champions’ da sua história, depois de a ter conquistado, sob o comando técnico de Otmar Hitzfeld, na época 1996/97 (vitória na final por 3-1 sobre a Juventus), tendo chegado à final em 2012/13, com Jurgen Klopp, que viria a perder para o Bayern de Munique, que venceu por 2-1.

Já o PSG nunca conquistou esta prova, e o mais próximo que esteve de o conseguir aconteceu em 2020, quando atingiu a final que perdeu para o Bayern de Munique por 1-0, graças a um golo do francês Kingsley Coman