Depois de ter dado um passo e meio ao vencer o Lille (1-0), em França, fica-se agora a saber que o FC Porto alcançou essa vitória com uma equipa que ainda dá passos de “criança”. Julen Lopetegui é um treinador habituado a apostar em jovens jogadores – Rúben Neves é o exemplo mais evidente - e isso tem-se notado tanto na constituição do plantel como nas equipas apresentadas durante os jogos.

Durante o encontro referente a primeira-mão dos play-off de acesso a Liga dos Campeões, da passada quarta-feira, os “dragões” entraram para a história ao apresentar o terceiro onze com média de idades mais baixa da sua história e a formação mais nova a vencer em provas europeias. Com a saída de Ricardo Quaresma (30 anos) e a entrada de Casemiro (22 anos), o onze azul e branco ficou com uma média de idades situada nos 23,48 anos de idade, fazendo história no FC Porto.

O onze composto por Fabiano, Danilo, Maicon, Bruno Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Herrera, Óliver Torres, Brahimi e Jackson Martínez deu bom resultado e colocou os “dragões” em vantagem para a segunda-mão, a ser disputada na próxima terça-feira. Para encontrar um onze com menor média de idades nas competições europeias é preciso recordar um jogo da já extinta Taça das Cidades com Feira.

Corriam os anos 60 e os “dragões” defrontavam os alemães do Hannover, num encontro que ficou marcado por uma derrota por cinco golos sem resposta. Flávio Costa era o treinador e escalou uma equipa com uma idade média de 22,79 anos, composta por Rui Teixeira, Atraca, Valdemar, Almeida, Rolando, Luís Pinto, Custódio Pinto, Nóbrega, Amaury, Jaime e Manuel António.

Em 1966, um ano depois, o clube da cidade “Invicta” volta a participar na mesma competição com um onze muito jovem (22,89 anos), mas desta vez frente ao Bordéus. José Maria Pedroto, conhecido como Zé do Boné, era o técnico e escolheu Rui Teixeira, Valdemar, Almeida, Sucena, Atraca, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Ernesto, Djalma e Manuel António para entrarem de início, num jogo que acabou igualmente em derrota (2-1). Os tempos são outros e o FC Porto é um grande europeu viciado na vitória. Um exemplo a transformar inexperiência individual em experiência coletiva.