O FC Porto, que cumpre a 20.ª presença na fase de grupos, e o Benfica, na 11.ª, partem para a edição 2015/16 da Liga dos Campeões em futebol com o claro objetivo de chegar aos oitavos de final.

Mesmo que o discurso de ambos incida na prioridade de vencer o campeonato – as ‘águias’ perseguem um ‘tri’ que lhes foge desde 1976/77 e os ‘dragões’ precisam de acabar com dois anos de ‘seca’ -, passar a fase de grupos surge quase como uma obrigação, uma questão de afirmação.

Os ‘azuis e brancos’ conseguiram chegar por 10 vezes à fase de eliminação direta, tendo como ‘coroa de glória’ o cetro conquistado em 2003/04, enquanto os ‘encarnados’ somam apenas 30 por cento de apuramentos, todos concluídos com eliminações nos quartos de final.

Em termos teóricos, o FC Porto, do espanhol Julen Lopetegui, tem um caminho mais fácil, no Grupo G, para chegar aos ‘oitavos’, pois, sendo inferior ao Chelsea, de José Mourinho, é claramente superior ao Dinamo de Kiev, de Miguel Veloso, e ao Maccabi Telavive.

Por seu lado, o Benfica tem no Atlético de Madrid, de Tiago, um adversário ‘aparentemente’ menos poderoso do que os campeões ingleses, mas que lhe é superior, e não se pode ‘afirmar’ melhor do que o Galatasaray, num Grupo C em que o estreante Astana só poderá ‘atrapalhar’.

A formação ‘encarnada’ marca o arranque luso na ‘Champions’ 2015/16, ao receber terça-feira o Astana, num embate que está obrigado a ganhar: se não o fizer, todas as suas ambições na prova morrerão à nascença.

Depois, seguem-se as deslocações a Espanha e os dois jogos com o Galatasaray, o primeiro em Istambul, que deverão definir muito do destino do conjunto luso.

A enorme viagem até ao Cazaquistão é o penúltimo compromisso das ‘águias’, que, na sexta ronda, defrontam em casa os espanhóis e poderão beneficiar de estes já estarem, eventualmente, qualificados.

Vice-campeão em 2013/14, quando perdeu a final de Lisboa, o Atlético de Madrid, de Diego Simeone, é um conjunto fortíssimo, com os ex-benfiquistas Oblak e Tiago como clientes habituais no ‘onze’, no qual não deverá tardar a instalar-se o ex-portista Jackson Martinez.

A qualidade dos ‘colchoneros’ estende-se a todos os setores, com os defesas Juanfran, Godín, Giménez e Filipe Luis, os médios Koke, Ferreira-Carrasco e o também ex-portista Óliver e os avançados Griezmann, Vietto e Torres.

Por seu lado, o Galatasaray conta com uma série de categorizados e experientes jogadores, como o guarda-redes Muslera, os médios Wesley Sneijder e Hamit Altintop e os avançados Lukas Podolski e Burak Yilmaz.

O técnico Hamza Hamzaoglu já ‘avisou’, aliás, que os turcos estarão nos ‘oitavos’, fase à qual conseguiram chegar em 2013/14, depois dos ‘quartos’ em 2012/13. Na época passada, só somaram um ponto no Grupo D.

Quanto ao Astana, que marca a estreia de uma equipa do Cazaquistão na fase de grupos, o único elemento ‘conhecido’ é o treinador búlgaro Stanimir Stoilov, que, como jogador, passou pelo Campomaiorense, entre 1995 e 97.

Quanto ao FC Porto, arranca quarta-feira e com um embate que pode ser determinante, pois um triunfo ou mesmo um ponto conquistado encaminha desde logo os ‘oitavos’.

Os portistas recebem, depois, o Chelsea e defrontam por duas vezes o Maccabi, a primeira no Dragão, para, na quinta ronda, serem anfitriões dos ucranianos. Num cenário normal, chegarão qualificados a Stamford Bridge.

O Chelsea, de José Mourinho, começou muito mal a época, mas tem um conjunto fortíssimo, sobretudo o ‘onze’, com Courtois (presentemente lesionado), Ivanovic, Terry, Cahill, Azpilicueta, Matic, Fàbregas, Pedro, Óscar, Hazard e Diego Costa, com Willian, Ramires e Falcao à espreita.

Sob o comando de Serhiy Rebrov, os ucranianos jogam muito em jogadores como Yarmolenko, Nico Kranjcar e Derlis González, enquanto os israelitas têm em Eran Zahavic o seu ‘herói’, após os sete golos nas pré-eliminatórias.

Mesmo sem o potencial de FC Barcelona, Real Madrid ou Bayern, o Chelsea é um candidato a chegar muito longe, enquanto o Dinamo de Kiev, que não atinge os jogos a eliminar desde 1998/99 (falhou nas últimas 12 presenças) e o Maccabi já ficarão satisfeitos com a Liga Europa.