O Benfica tornou-se hoje o oitavo clube a atingir as 200 vitórias nas taças europeias de futebol, ao vencer por 2-1 na receção aos franceses do Lyon, na terceira jornada do Grupo G da Liga dos Campeões 2019/2020.
Mais de 59 anos após o triunfo inaugural, perante os escoceses do Hearts, em Edimburgo, em 29 de setembro de 1960, para a primeira mão da primeira eliminatória da Taça dos Campeões de 1960/61, os ‘encarnados’ atingiram esta marca à quarta tentativa.
Depois de não o terem conseguido a época passada, em Frankfurt (0-2 com o Eintracht, na segunda mão dos quartos de final da Liga Europa) e já na presente, com o Leipzig (1-2) e na casa do Zenit (1-3), os ‘encarnados’ juntaram-se, finalmente, a um lote de colossos do futebol continental, composto por FC Barcelona, Real Madrid, Bayern Munique, Juventus, Liverpool, AC Milan e Ajax.
José Águas, o ‘capitão’ que levantou a Taça dos Campeões em 1060/61 e 1961/62, e José Augusto, lenda viva dos bicampeões, foram os autores dos golos da histórica primeira vitória, que embalou a equipa para o primeiro título europeu.
Os ‘encarnados’ somam 113 triunfos na principal competição europeia de clubes, sendo 68 na antiga Taça dos Campeões e 45 na Liga dos Campeões (desde 1992/93), mais 21 na Taça das Taças, duas na Taça das Cidades com Feiras, 35 na Taça UEFA e 29 na Liga Europa.
Dos 200 triunfos, 139 acontecerem em casa, 59 fora e dois em campo neutro, precisamente os dois mais emblemáticos, os que permitem ao Benfica ostentar orgulhosamente o estatuto de bicampeão europeu.
Em Berna, a sétima vitória europeia, face ao FC Barcelona, por 3-2, valeu a conquista da Taça dos Campeões de 1960/61 e, em Amesterdão, o 11.º triunfo, perante o Real Madrid, por 5-3, significou a revalidação do cetro, em 1961/62.
O ‘rei’ Eusébio, que não participou na primeira campanha, mas que foi decisivo na segunda, nomeadamente com um ‘bis’ na final, face ao seu ídolo Alfredo Di Stéfano, foi o jogador que mais golos marcou nas 200 vitórias, ao apontar 47.
Na lista das ‘vítimas’ do Benfica constam quase todos os ‘gigantes’ do ‘velho continente’, sendo que os ‘encarnados’ somaram triunfos perante 13 dos 17 campeões da Europa que enfrentaram nos seus 426 embates nas competições europeias.
A exceção são os dois ‘gigantes’ de Milão, o AC Milan e o Inter, que, em conjunto, ‘roubaram’ ao Benfica três títulos europeus (derrotas nas finais de 1962/63, 1964/65 e 1989/90), o Chelsea, ‘carrasco’ na final da Liga Europa de 2012/13, e o Bayern Munique, face ao qual a contagem de ‘frustrações’ já vai em 10 jogos.
FC Porto, que já venceu muitas vezes, mas nas competições internas, Hamburgo, Nottingham Forest e Aston Villa são os campeões que o conjunto da Luz nunca enfrentou na Europa.
O 2-1 foi o triunfo mais vezes repetido, num total de 40, contra 39 por 1-0. Os ‘encarnados’ somam ainda oito por 3-2 e um por 4-3, num total de 88 pela margem mínima.
A maioria (112) aconteceu por dois ou mais golos, com destaque para as 33 vitórias por 2-0, enquanto as goleadas, contando as que aconteceram por mais de três de diferença, foram 33, incluído o 10-0 ao Stade Dudelange, em 05 de outubro de 1965.
Quanto a vitórias ‘redondas’, destaque para a 20.ª, um 5-1 caseiro ao Real Madrid, na primeira mão dos quartos de final da Taça dos Campeões de 1964/65, ou a 30.ª, um 2-0 à Juventus, na primeira mão das ‘meias’ da Taça dos Campeões de 1967/68.
A 80.ª é igualmente lendária, pois o 2-0 ao Steaua Bucareste valeu um lugar na final da Taça dos Campeões de 1987/88, graças a um ‘bis’ de Rui Águas, que, seis épocas depois, selaria o 100.º triunfo, por 1-0, na receção ao Katowice, para a primeira mão das meias-finais da Taça das Taças de 1993/94.
Inesquecível foi também a 130.ª vitória, um 2-1 ao Manchester United, com tentos de Giovanni e Beto, que Cristiano Ronaldo teve muitas dificuldades em ‘digerir’ e colocou os Benfica nos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões de 2005/06.
A 160.ª também foi histórica, já que aconteceu no primeiro encontro de sempre entre equipas portuguesas na Europa: na Luz, em 28 de abril de 2011, o Benfica bateu o Sporting de Braga por 2-1, com tentos de Jardel e Cardozo, na primeira mão das meias-finais da Liga Europa de 2010/11. Acabaria eliminado.
Muito marcante, foi também a 180.ª, um triunfo por 3-1 em pleno White Hart Lane, a antiga casa do Tottenham, derrubado por um tento de Rodrigo e um inusitado ‘bis’ do capitão Luisão, na primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa de 2013/14.
A 200.ª foi hoje conseguida na Luz, com Pizzi a decidir, aos 86 minutos, depois de uma falha do guarda-redes Anthony Lopes, num jogo em que marcou primeiro, por Rafa, logo aos quatro, mas viu o holandês Memphis Depay empatar, aos 70.
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