A receção do Real Madrid ao Chelsea abre na terça-feira as meias-finais da Liga dos Campeões em futebol, mas o ‘prato forte’ é só no dia seguinte, com o duelo entre Paris Saint-Germain e Manchester City, em França.

Os parisienses, de Nasser Al-Khelaïfi, e os ‘citizens’, de Khaldoon Khalifa Al Mubarak, são os dois maiores símbolos dos clubes novos-ricos, nos quais foram investidos muitos milhões com o objetivo principal da vitória na ‘Champions’.

O PSG venceu as últimos três edições da Ligue 1 e sete das derradeiras oito, enquanto o City tem na mão a terceira Premier League em quatro épocas, mas, na prova ‘milionária’, a obsessão de ambas, continuam a ‘zero’.

A formação de Paris esteve perto na época passada, ao chegar pela primeira vez à final, mas perdeu-a, na Luz, para o Bayern Munique (0-1), depois de sete épocas consecutivas, de 2012/13 a 2018/19, a cair consecutivamente nos ‘quartos’ ou ‘oitavos’.

Por seu lado, o conjunto de Manchester apresenta um registo idêntico desde 2013/14, com sucessivas quedas nas duas primeiras rondas a eliminar, sendo exceção a época de 2015/16, em que também tinha chegado às ‘meias’, para tombar face ao Real Madrid.

O embate entre gauleses e ingleses até pode ser considerado uma final antecipada, visto que o outro grande favorito, o ainda detentor do título Bayern Munique, foi afastado nos ‘quartos’, precisamente pelos parisienses.

Sob o comando do argentino Mauricio Pochettino, que em 2018/19 levou o Tottenham à final (0-2 com o Liverpool), o Paris SG tem em Kylian Mbappé a sua grande arma, numa altura em que o ‘grande’ Neymar parece também estar de regresso.

Com estas duas ‘estrelas’ em forma, mais todos os jogadores de grande qualidade que compõem o plantel, entre eles o português Danilo Pereira, o Paris SG tem tudo para acreditar que pode ‘bisar’ a presença na final, depois de já ter eliminado o FC Barcelona, com Messi, e o Bayern, sem Lewandowski.

Por seu lado, o City não está na forma de há um mês, com aquele futebol que parecia imparável, mas, tirando um goleador, que as lesões não deixam Agüero ser, tem também armas suficientes, entre elas os portugueses Rúben Dias, Bernardo Silva e João Cancelo, para pensar que será desta que chegará ao jogo do título.

A ‘Champions’ é objetivo prioritário para o City e também para o seu técnico, o catalão Pep Guardiola, numa época em que se cumpre uma década da sua segunda e última vitória na prova, ao serviço do FC Barcelona (ganhou em 2008/09 e 2010/11).

O conjunto de Manchester é o único que ainda não perdeu na edição 2020/21 – uma derrota do Chelsea, duas do Real Madrid e três do Paris Saint-Germain -, somando nove vitórias e um empate, cedido frente ao FC Porto (0-0), no Dragão.

Na terça-feira, joga o único histórico ainda em prova, o Real Madrid, que venceu a principal prova europeia em 13 ocasiões, sete das quais na ‘era Champions’ (desde 1992/93), incluindo três consecutivas (2015/16, 2016/17 e 2017/18), e desafia o Chelsea.

Desde a partida do internacional luso Cristiano Ronaldo - melhor marcador da história do clube, com 451 golos, em 438 jogos -, os ‘merengues’ tinham caído sempre nos ‘oitavos’, nos quais eliminaram agora a Atalanta, e depois o Liverpool, nos ‘quartos’.

O conjunto do francês Zinedine Zidane tem feito uma época irregular, marcadas por muitas lesões, mas ainda pode vencer a Liga espanhola e está nas ‘meias’ da ‘Champions’, muito perto, assim, de garantir uma 17.ª presença na final.

Por seu lado, o Chelsea procura a terceira presença no jogo decisivo, depois do desaire de 2007/08 e da vitória de 2011/12, após ter deixado pelo caminho o FC Porto (2-0 ‘fora’ e 0-1 em ‘casa’), numa estranha eliminatória disputada em Sevilha.

Os ‘blues’ estão há muito fora da corrida ao título em Inglaterra, que conseguiram pela última vez em 2016/17, pelo que têm as atenções centradas na ‘Champions’, prova em que não estavam nas meias-finais desde 2012/13.

O técnico Thomas Tuchel, como todos os outros presentes nas meias-finais, já sabe o que é disputar uma final, pois esteve na do ano passado, que perdeu ao comando do Paris Saint-Germain, equipa que até poderá reencontrar em Istambul, em 29 de maio.

A segunda mão das meias-finais realiza-se na semana seguinte, com o Manchester City a receber o Paris Saint-Germain em 04 de maio, uma terça-feira, e o Chelsea como anfitrião do Real Madrid, no dia seguinte. Os jogos começam todos às 20:00 (em Lisboa).