O Real Madrid, como tricampeão em título, parte na ‘pole’ para a edição 2018/19 da Liga dos Campeões em futebol, mas a concorrência é fortíssima e Cristiano Ronaldo, melhor marcador das últimas seis edições, partiu.
Também sem o treinador do ‘tri’, o francês Zinedine Zidane, que ‘bateu com a porta’ e foi substituído pelo ex-portista Julen Lopetegui, os ‘merengues’ continuam a possuir armas para alcançar um ‘tetra’ que só o próprio Real Madrid conseguiu, nos anos 50.
Na linha da frente, está ainda o FC Barcelona, de Lionel Messi, que soma três títulos na última década e foi o único – além do Real Madrid – a vencer nos derradeiros cinco anos, o Paris Saint-Germain, de Neymar, e o Manchester City, de Pep Guardiola.
O Liverpool, o Tottenham e o Manchester United, que formam com o City o bloco inglês, são também fortes pretendentes ao cetro, bem mais do que os outros espanhóis (Atlético de Madrid e Valência) e italianos (Nápoles, Roma e Inter de Milão).
Entre os clubes fora dos cinco principais campeonatos - 59,4% dos presentes (19 em 32) -, nenhum dos 13, de 10 países, parece capaz de repetir o ‘milagre’ do FC Porto em 2003/2004 (3-0 ao Mónaco, na final), única das últimas 23 edições em que o troféu não ‘caiu’ para Espanha, Alemanha, Inglaterra ou Itália.
Face à presença de tantas equipas de qualidade, era inevitável que fossem aparecer grupos muito fortes e, entre os oito, destaque para o C, que junta Paris Saint-Germain, Liverpool e Nápoles, e o H, com Juventus, Manchester United e Valência.
O PSG, agora sob o comando do alemão Thomas Tuchel, e o vice-campeão em título Liverpool, de outro germânico, o carismático Jürgen Klopp, são, ainda assim, favoritos no C, que conta ainda com outro campeão europeu, o Estrela Vermelha.
No Grupo H, a Juventus assume-se como a mais forte, também pela presença do português Cristiano Ronaldo, que trocou a equipa com mais finais conquistadas (13) pela que mais vezes perdeu (sete) com o objetivo de chegar a um sexto cetro e igualar Gento.
O Manchester United, do muito contestado José Mourinho, e o Valência, com o regressado Gonçalo Guedes, deverão lutar pelo segundo lugar, com o Young Boys a poder fazer pender a balança para um dos lados, caso consiga alguma surpresa.
O Grupo B também promete, com o FC Barcelona e o Tottenham como favoritos, perante dois campeões da Europa, o Inter de Milão, que não inscreveu João Mário, e o PSV Eindhoven.
Claramente favoritos, parecem o Atlético de Madrid, no Grupo A, face a Borussia Dortmund, Mónaco e Club Brugge, o Bayern Munique, no E, perante Benfica, Ajax e AEK Atenas, o Manchester City, no F, frente a Lyon, Hoffenheim e Shakhtar, e o Real Madrid, no G, em que defronta Roma, CSKA Moscovo e Viktoria Plzen.
Face à ‘ausência’ de cabeça de série, o Grupo D surge como o mais nivelado, por baixo, com FC Porto, Schalke 04, Lokomotiv Moscovo e Galatasaray a puderem, todos, candidatar-se ao primeiro posto. Nenhuma classificação será inesperada.
Em termos de ‘funcionamento’, a ‘Champions’, agora mais milionária, pouco mudou, mantendo-se sem videoárbitro, sistema que funcionou, e bem, no Mundial de 2018, pelo que a única grande novidade passa pela mudança dos horários: os jogos deixam de ser às 19:45 (de Lisboa) e passam a ser às 20:00 e alguns às 17:55.
A fase de grupos arranca na terça-feira e fecha a 12 de dezembro, seguindo-se os oitavos de final, em fevereiro e março, os ‘quartos’, em abril, as ‘meias’, resolvidas em maio, e a final, a 01 de junho, no Wanda Metropolitano, em Madrid.
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