O treinador do Real Madrid preparou atempadamente e bem a equipa para a final da Liga dos Campeões, mas não está convencido que seja suficiente para vencer o Liverpool, porque no futebol há coisas que não se controlam.

“Tivemos tempo para preparar bem esta final, vamos dar o melhor, mas não estou convencido de que seja suficiente para ganhar, porque no futebol há coisas que não controlas. Merecemos chegar à final pela nossa qualidade, porque se não a tivéssemos não chegaríamos lá, mas não chega no futebol de hoje. Ao talento, é preciso juntar o compromisso. A história do Real Madrid empurrou-nos nas dificuldades e, para ganhar esta final, teremos de o merecer”, disse o técnico italiano, no lançamento da final da Liga dos Campeões, frente aos ingleses Liverpool.

Para Ancelotti, a sua equipa terá de fazer um jogo em que mostre as suas qualidades, “as mesmas que mostrou ao longo da temporada, na qual teve um compromisso coletivo excecional e as suas individualidades fizeram a diferença nos momentos importantes”, perante um Liverpool que vai fazer “um jogo intenso e de muita verticalidade”.

“Tenho boa memória de todas as minhas finais e é um pouco estranho pensar que aquela em que a minha equipa [o AC Milan] jogou melhor, frente ao Liverpool, em 2005, perdeu. Não vou dizer aos jogadores para jogarem mal, mas, numa final, tudo pode acontecer e há que estar preparado para isso”, referiu Ancelotti.

O italiano recordou o telefonema inesperado que recebeu de José Ángel Sánchez, diretor-geral do clube, e do presidente Florentino Pérez, há um ano, que o levou a trocar tudo para voltar ao Real Madrid.

“Penso muitas vezes na chamada que tive há precisamente um ano de José Angel e do presidente. Encaro isso com naturalidade, como esta final, que é um grande êxito para todos nós. Sabemos muito bem o que é a exigência e a história deste clube, por isso foi muito importante ganhar o que ganhámos [Liga e Supertaça espanhola] e chegarmos a esta final”, acrescentou Ancelotti.

O técnico italiano, que já conquistou três edições da Liga dos Campeões, revela que o ambiente entre os seus jogadores está tranquilo e que a equipa lida muito bem com este tipo de jogos, até porque os jogadores mais experientes ajudam os mais jovens a estar motivados e confiantes.

Reconhece que o pico de ansiedade surgirá nas horas que antecedem a partida, mas tem um segredo para a combater: “Olho para a cara dos meus jogadores e sei que eles me vão transmitir confiança. Entre eles, há uma grande referência, o Karim Benzema. Hoje é um jogador mais personalizado, mais liderante, dentro e fora do campo. O que não mudou nele foi a sua qualidade e a sua humildade”.

Desafiado a comparar a final da Liga dos Campeões de Lisboa, em 2013/14, época em que o Real Madrid conquistou a sua 10.ª ‘orelhuda’, face ao Atlético, e esta em Paris, Ancelotti nota uma diferença: “Cada jogo tem a sua história. Vejo a mesma motivação, mas um pouco menos de preocupação, porque o jogo em Lisboa foi para os madrilistas a chave do sucesso dos últimos anos”.

O Real Madrid e o Liverpool vão disputar no sábado a final da Liga dos Campeões 2021/22, em Paris, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), e uma delas irá suceder ao Chelsea, atual detentor do troféu da maior competição de clubes do mundo.

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.