A 24 de maio de 2014 o Estádio da Luz enchia-se para receber a final da Liga dos Campeões entre Atlético de Madrid e Real Madrid, um final inédita entre dois clubes da mesma cidade.

Um jogo de emoções fortes em que o Atlético de Madrid esteve a ganhar a maior parte do tempo, mas que acabou por seguir para prolongamento com a vitória a cair para os 'blancos' por 4-1.

Para o começo da remontada foi decisivo o golo de Sérgio Ramos, após canto de Modric já para lá dos 90.

Os dois jogadores recordaram o minuto 90+3' que levou o Real ao prolongamento decisivo. Em declarações ao site oficial do clube, Ramos afirma que o golo foi histórico.

"Penso que o meu golo em Lisboa mudou a história do Real Madrid. (Foi uma noite) Histórica e mágica (...). A primeira coisa que me vem à cabeça quando pendo em Lisboa é o troféu, a Champions, depois de tantos e tantos anos a lutar para poder desfrutar, primeiro, da final e, depois, de vencê-la", disse Sérgio Ramos antes de recordar a jogada do golo.

"É verdade que acaba por ser uma grande cabeçada, sobretudo pela execução, o salto, a distância, o guarda-redes Thibaut, que preenche muita baliza. Penso que só havia aquele buraco por onde a bola poderia entrar. Foi um bom cruzamento do Modric, coloco-me ao segundo poste porque é onde estão mais jogadores e posso ficar bloqueado com qualquer movimento. Estou a ser marcado por Godín, estavam ali Bale, Cristiano... Simulo que vou ao segundo poste e meto-me para dentro. Nessas décimas de segundo, com tantos jogadores e tanta confusão, o Godín não teve tempo de chegar porque lhe ganhei a posição. Esse metro permite-me avançar e contornar a marca de penálti e cabecear praticamente sozinho com uma execução perfeita ao minuto 93 que nos dava o empate para ir a prolongamento”, contou.

Modric, o responsável pela bola ir parar à cabeça de Ramos, conta que se manteve muito calmo, por tinha a ideia que os 'blancos' acabariam por marcar, tal como aconteceu numa jogada muito treinada pela equipa.

"Eu ia muito tranquilo, com a convicção de que íamos marcar um golo. O Sergio tinha um bom posicionamento, colocou-se muito bem e, depois, como marcou é história, Foi incrível. Tínhamos treinado bastante este canto durante a temporada. Também marcámos graças a ele em jogos anteriores, como na Champions ao Bayern e em alguns encontros da Liga. Era importante colocar uma boa bola no sítio onde a coloquei, mas depois o Sergio fez um bom movimento e a cabeçada foi perfeita", afirmou.