O Shakhtar Donetsk - FC Porto desta terça-feira entrou na história dos "dragões" pelos piores motivos: nunca a equipa azul-e-branca tinha entrado em campo sem nenhum português.
Em 121 anos de história foi a primeira vez que os azuis-e-brancos subiram ao relvado com um onze totalmente estrangeiro.
Num plantel onde escasseiam jogadores lusos e predominam sul-americanos e espanhóis, o técnico Julen Lopetegui decidiu deixar no banco Rúben Neves, jovem português de 17 anos que vinha sendo titular. Também no banco estava o português Ricardo Pereira. Apenas dois jogadores lusos na ficha de jogo, sendo que nenhum deles jogou.
Nesta época, com a rotatividade que Lopetegui tem implementado no plantel, tanto Quaresma como Rúben Neves vinham alternando no onze, com o jovem médio a ser um dos destaques esta temporada.
Para a deslocação a Ucrânia, o técnico espanhol decidiu, mais uma vez, deixar o Mustang fora da convocatória, como vem sendo hábito esta época. De titular em Alvalade, o extremo português passou a nem sequer constar nos eleitos para a segunda jornada da Champions.
O FC Porto entrou na Arena Lviv com o brasileiro Fabiano na baliza. A defesa foi formada pelos brasileiros Alex Sandro, Maicon e Danilo e o holandês Martins Indi. No meio-campo atuaram o mexicano Herrera e os espanhóis Marcano e Óliver Torres. Na frente de ataque, o argelino Brahimi, o espanhol Tello e o camaronês Aboubakar. Na segunda parte entraram os colombianos Quintero e Jackson e o espanhol Adrian López.
Recorde-se que no plantel da equipa principal do FC Porto há apenas quatro portugueses :Ricardo, Ricardo Pereira, Quaresma e Rúben Neves.
Além de não ter jogado sem qualquer português, os "dragões" somaram o terceiro empate seguido esta temporada. Foi também o primeiro jogo em que a equipa sofreu mais de um golo esta época. Até hoje, o FC Porto tinha perdido todos os jogos da Champions quando sofreu dois golos fora. Na Ucrânia, continua sem perder: seis jogos, três vitórias e três empates.
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